Senadores comentam cancelamento de nomeação para a PF — Rádio Senado
Governo Bolsonaro

Senadores comentam cancelamento de nomeação para a PF

O presidente Jair Bolsonaro tornou sem efeito, na tarde desta quarta-feira (29), o decreto que nomeou o delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. A reversão do ato foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Também se torna sem efeito a exoneração dele do cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, que ocupava antes de ser escolhido para o novo posto. O cancelamento repercutiu entre os senadores governistas e de oposição Os detalhes com o repórter Pedro Pincer, da Rádio Senado.

29/04/2020, 18h47 - ATUALIZADO EM 29/04/2020, 18h56
Duração de áudio: 01:56


Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O CANCELAMENTO DA NOMEAÇÃO DO DIRETOR-GERAL DA POLÍCIA FEDERAL REPERCUTIU ENTRE SENADORES LOC: A DESISTÊNCIA DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO EM NOMEAR ALEXANDRE RAMAGEM ACONTECEU DEPOIS QUE A NOMEAÇÃO FOI SUSPENSA POR UMA DECISÃO DO MINISTRO DO STF ALEXANDRE DE MORAES. REPÓRTER PEDRO PINCER: TÉC: O presidente Jair Bolsonaro tornou sem efeito o decreto que nomeou o delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal. Também se tornou sem efeito a exoneração dele do cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, que ocupava antes de ser escolhido para o novo posto. A desistência de Jair Bolsonaro se deu após uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que suspendeu a indicação de Ramagem e apontou possível desvio de finalidade na nomeação. Moraes tomou decisão liminar em uma ação movida pelo PDT. O cancelamento repercutiu entre os senadores governistas e de oposição. Arolde de Oliveira, do PSD do Rio de Janeiro, criticou Alexandre de Moraes e disse que vai aguardar os desdobramentos. (Arolde) Esse movimento com certeza foi meditado e deverá ter um grande significado. A questão da digital do ministro, já ficou claro que ele tem interesse em interferir nas ações da Polícia Federal. Vamos saber agora o porquê. As pedras estão em movimento (REP) Para Humberto Costa, do PT de Pernambuco, a pressão popular por conta da relação de amizade entre Ramagem e a família Bolsonaro foi fundamental para o recuo do presidente. (Humberto Costa) Eu entendo que nessa questão específica foi a pressão da sociedade, a insatisfação com a certeza de que o objetivo de Bolsonaro era de estabelecer algum tipo de controle político sobre a instituição e tentar proteger, blindar pessoas do seu entorno que são objeto de vários inquéritos e investigações da Polícia Federal. (REP): Em nota, a Advocacia-Geral da União informou que não vai recorrer da decisão. Da Rádio Senado, Pedro Pincer.

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