Edmar Bacha critica modelo de exportação do Brasil em seminário no Senado — Rádio Senado
Seminário

Edmar Bacha critica modelo de exportação do Brasil em seminário no Senado

29/09/2016, 18h46 - ATUALIZADO EM 29/09/2016, 20h24
Duração de áudio: 02:03
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SEMINÁRIO “E AGORA, WERNER?” PROMOVIDO NESTA QUINTA CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE IMPORTANTES ECONOMISTAS BRASILEIROS, ALÉM DE PROFESSORES E MEMBROS DO INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA, O IPEA. LOC: O EVENTO FOI UMA HOMENAGEM AO PROFESSOR E ECONOMISTA WERNER BAER, QUE TEVE IMPORTANTE PARTICIPAÇÃO NA FORMAÇÃO DOS ESTUDOS DA ECONOMIA BRASILEIRA. MAIS DETALHES COM O REPÓRTER THIAGO MELO. (Repórter) Comércio exterior, políticas de investimento e teto dos gastos públicos. Esses foram alguns dos principais temas citados por economistas no seminário “E agora, Werner? ”. Uma homenagem ao professor e economista alemão Werner Baer, promovida pelas Comissões de Assuntos Econômicos e de Ciência e Tecnologia, a pedido do senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal. O evento contou com a participação de grandes nomes da economia brasileira, como o ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento, o BNDES, Edmar Bacha, que criticou a burocratização na área de exportação industrial brasileira. Ele comparou o Brasil a grandes potências mundiais como os Estados Unidos e a China e disse que apesar do potencial brasileiro, o país ainda sofre com a falta de incentivos fiscais. (Edmar Bacha) A questão é que o Brasil, apesar do Itamaraty negar, é um dos países mais fechados do mundo. Todas as grandes economias do mundo, as maiores do que o Brasil, são também grandes exportadoras. O Brasil sendo a sétima maior economia, é somente o vigésimo quinto maior exportador. (Repórter) Já o economista e professor da PUC do Rio de Janeiro José Márcio Camargo, afirmou que o problema não é exclusividade do Brasil e que apesar do momento difícil da economia brasileira, o processo de globalização contribuiu para o crescimento do país. Porém, Camargo criticou duramente o que ele chamou de “infernos fiscais”, que segundo ele são os grandes obstáculos para o crescimento do PIB. (José Márcio Camargo) O Brasil resolveu criar uma série de infernos para o crescimento. Inferno tributário, inferno educacional, um inferno trabalhista. Todos eles precisam de certa forma ser resolvidos se nós realmente quisermos crescer a longo prazo. (Repórter) Ainda falaram no evento Clovis Cavalcanti e o professor Eduardo Haddad, membro do grupo de pesquisa em economia regional e urbana da Universidade de São Paulo.

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