CAE inicia série de debates sobre a Reforma da Previdência — Rádio Senado
Reforma da Previdência

CAE inicia série de debates sobre a Reforma da Previdência

19/03/2019, 13h48 - ATUALIZADO EM 19/03/2019, 13h48
Duração de áudio: 02:36
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública para tratar proposta de reforma da Previdência.

Mesa:
diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Scudeler Salto;
ex-deputado Federal, Ricardo Berzoini;
presidente da CAE, senador Omar Aziz (PSD-AM);
pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Paulo Tafner; 
consultor Legislativo do Senado Federal, Pedro Nery.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS FEZ HOJE O PRIMEIRO DE UMA SÉRIE DE DEBATES SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: SENADORES OUVIRAM PESQUISADORES E O EX-MINISTRO DA PREVIDÊNCIA RICARDO BERZOINI. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. (Repórter) O Diretor-Executivo da Instituição Fiscal Independente, Felipe Salto, explicou que quando a economia do Brasil parou de crescer, a crise fiscal ficou bem visível. E que o envelhecimento da população traz a questão previdenciária para o centro do debate, já que a dívida bruta do País pode atingir os 100% do PIB já em 2030 se nada for feito. Os autores do livro “Reforma da Previdência . Por que o Brasil não Pode Esperar?”, Paulo Tafner e Pedro Nery, também disseram que as deficiências dos sistemas previdenciários do país vão ficar mais evidentes à medida que a população envelhece. Paulo Tafner destacou ainda que as aposentadorias especiais atingem dois dos três serviços essenciais para a população: saúde, segurança e educação. (Paulo Tafner): Não é infrequente você ter em casa estado um coronel na ativa para cada 5, 10, 15 ou mesmo 40 coronéis aposentados. Em média temos aposentadorias militares com menos de 50 anos. Quase 50% dos professores se aposentam com menos de 50 anos. (Repórter): Paulo Tafner chamou de mitos as afirmações de que o servidor público deve receber mais porque paga mais; de que há muitas diferenças de expectativa de vida entre as regiões e que bastaria cobrar os grandes devedores do INSS para acabar com o déficit. O ex-ministro da Previdência no governo Lula e ex-deputado federal pelo PT de São Paulo, Ricardo Berzoini, concordou que o não se pode negar o envelhecimento da população e os reflexos disso na Previdência. Mas que a proposta de reforma em pauta parece mirar mais na questão fiscal. E que esse dinheiro para os governos poderia vir da cobrança de sonegadores, combate à fraude e impostos de dividendos. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, disse que essas medidas, entretanto, ferem interesses poderosos. (Humberto Costa) Porque os grupos que representam esses interesses econômicos estão aqui no Congresso Nacional. Várias vezes tentarmos fazer com que no Brasil tivéssemos novamente o pagamento de impostos por recebimento de juros e dividendos, mas isso não passou. (Repórter): Na próxima terça-feira, a Comissão de Assuntos Econômicos recebe o ministro da Economia, Paulo Guedes.

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