CAE debate ajuste fiscal e fórmula para crescimento econômico — Rádio Senado
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CAE debate ajuste fiscal e fórmula para crescimento econômico

A Comissão de Assuntos Econômicos debateu a dívida pública. Representantes do Banco Central, TCU, Tesouro Nacional e IFI disseram que para a dívida cair é preciso fazer um ajuste fiscal. Já a auditoria-cidadã da dívida diz que basta baixar os juros e fazer os bancos emprestarem dinheiro para empresas e população. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

25/06/2019, 17h18 - ATUALIZADO EM 25/06/2019, 17h26
Duração de áudio: 02:26
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública interativa para tratar sobre a dívida pública e seus desdobramentos na economia brasileira. Entre os convidados estão representantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Secretaria do Tesouro Nacional.

Mesa:
diretor de Fiscalização da Dívida Pública, da Política Econômica e da Contabilidade Federal da Secretaria de Macroavaliação Governamental do Tribunal de Contas União (TCU), Alessandro Aurélio Caldeira;
diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado (IFI), Felipe Scudeler Salto;
presidente eventual da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PP-GO);
coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli;
subsecretário da Dívida Pública da Secretaria do Tesouro Nacional, José Franco Medeiros de Morais;
chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central do Brasil, Fernando Alberto Sampaio Rocha.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEBATEU A DÍVIDA PÚBLICA. LOC: REPRESENTANTES DO BANCO CENTRAL, TCU, TESOURO NACIONAL E IFI DISSERAM QUE PARA A DÍVIDA CAIR É PRECISO FAZER UM AJUSTE FISCAL. JÁ A AUDITORIA-CIDADÃ DA DÍVIDA DIZ QUE BASTA BAIXAR OS JUROS E FAZER OS BANCOS EMPRESTAREM DINHEIRO PARA EMPRESAS E POPULAÇÃO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: A coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, diz que o Banco Central aumenta os juros sem justificativa, tem estoque de reservas internacionais além do necessário e abusa das chamadas operações compromissadas, que remunera em curto prazo os bancos. Segundo ela, não é cortando gastos que se diminui a dívida pública, mas crescendo. (Fattorelli): A nossa proposta é parar de remunerar sobra de caixa dos bancos deixar o dinheiro no caixa dos bancos dos bancos terem que emprestar para economia para as empresas terem acesso a crédito para as empresas terem acesso a capital de giro para indústria parar de quebrar para o emprego voltar a Existir nesse país para o PIB voltar a crescer. (Repórter): José Franco de Morais, do Tesouro Nacional, e Fernando Sampaio Rocha, do Banco Central retrucaram que os juros são consequência de uma política fiscal que inspire confiança. Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, acrescentou que não existe solução mágica. (Salto): Não basta dizer então, olha Banco Central, reduz a taxa de juros a zero, da noite para o dia, que de repente nós vamos começar a pagar 0% sobre os títulos emitidos. Isso automaticamente geraria o efeito oposto, primeiro que a inflação dispararia, segundo o banco central alguns dias depois teria que começar a aumentar o juros para conseguir que o tesouro financiar seu déficit. (Repórter): O senador Vanderlan Cardoso, do PP de Goiás, que pediu a audiência pública, usou da experiência pessoal para questionar a forma como o País vem lidando com a dívida. (Vanderlan): Por que nós não vamos buscar o estoque, como eu fiz quando eu tinha lá aquele pequeno Supermercado, fui lá vender o estoque e vim pagar as contas. Nunca mais a partir daquele dia, eu disse, nunca mais eu vou em cartório, nunca mais eu vou pagar juros. Se eu tiver dinheiro eu vou comprar à vista e a empresa, ela cresceu assustadoramente. O Brasil está sendo escravo desse juros. (Repórter): Alessandro Aurélio Caldeira, do TCU, explicou que a dívida já foi alvo de várias auditorias. E que emissões para bancos oficiais, como o BNDES, a partir de 2009, e o aumento de custos do Estado, mesmo com a queda da atividade econômica a partir de 2012, provocaram a elevação substancial do endividamento público. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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