CAE debate com bancos perspectivas de crescimento do Brasil — Rádio Senado

CAE debate com bancos perspectivas de crescimento do Brasil

LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS RECEBEU NESTA TERÇA-FEIRA ECONOMISTAS DE TRÊS GRANDES BANCOS PARA UM DEBATE SOBRE AS PERSPECTIVAS DO PAÍS. 

LOC: ELES APONTARAM A INFLAÇÃO E A FALTA DE CONTROLE NOS GASTOS PÚBLICOS COMO OS MAIORES ENTRAVES PARA O CRESCIMENTO CONTÍNUO DA ECONOMIA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. 

TÉC: Nilson Teixeira, do "Crédit Suísse", disse que o banco trabalha com a perspectiva de que a inflação vá continuar alta em 2013 e 2014, mas que as principais economias do planeta vão se expandir no próximo ano. Ilan Goldfajn, do Itaú-Unibanco, afirmou que um câmbio de dois e trinta reais por dólar seria um nível equilibrado, que não atrapalharia exportações ou importações. Já o economista Otávio de Barros, do Bradesco, defendeu um calendário de reajustes para a gasolina. Ele observou que os preços estão muito defasados, mas que para o mundo empresarial o ideal é que isso ocorra gradativamente, sem sustos. Barros ressaltou que, para o mercado, confiança é tudo, e o País precisa melhorar a transparência na área fiscal. 

(OTÁVIO): Os mercados, analistas que se debruçam sobre a questão fiscal e orçamentária, que os orçamentos no Brasil não são críveis. E há uma percepção que o Brasil possa estar gerando passivos ocultos de difícil mensuração mais adiante. 

(REPÓRTER): O economista também disse que o Brasil estaria maduro para a independência do Banco Central, uma lei para limitar o endividamento e a migração de negócios do Mercosul para acordos com países do Pacífico Sul e da América do Norte. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Lindbergh Farias, senador do PT do Rio de Janeiro, considerou a audiência bastante produtiva e prometeu novos debates para ajudar os senadores a se posicionarem sobre um projeto ou discussão. 

(LINDBERGH): Acho muito interessante o que estamos fazendo no dia de hoje, escutando o mercado, o setor privado, instituições de peso como as que aqui estão representadas. Até pela excelência dos seus departamentos econômicos. Acho que iniciativas como essa a gente tem que tomar e fazer outras audiências públicas com estas características. 

(REPÓRTER): Os senadores Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, e José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, questionaram ainda os economistas sobre a influência da educação na competitividade de um País. Otávio Barros e Ilan Goldfáin disseram que agora é preciso investir na qualidade da educação, e que isso vai se traduzir em ganhos de produtividade e renda. Nilson Teixeira sugeriu uma espécie de Lei Rouanet, que permite dedução no imposto de renda de gastos em cultura, para a educação.
10/09/2013, 01h50 - ATUALIZADO EM 10/09/2013, 01h50
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