Presidente do Banco Central explica novo Coaf — Rádio Senado
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Presidente do Banco Central explica novo Coaf

A Comissão de Assuntos Econômicos recebeu o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta terça-feira (27). Senadores como Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Rogério Carvalho (PT-SE) quiseram entender decisões como a ida do Coaf para o Bacen e a privatização da Casa da Moeda. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

27/08/2019, 14h01 - ATUALIZADO EM 27/08/2019, 14h32
Duração de áudio: 02:01
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública interativa com o presidente do Banco Central para discutir políticas monetária, de juros e de crédito.

Em pronunciamento, à mesa, presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS RECEBEU O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL, ROBERTO CAMPOS NETO, NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: SENADORES OUVIRAM AS MEDIDAS TOMADAS PARA O CONTROLE DA INFLAÇÃO E DOS JUROS. E QUISERAM ENTENDER DECISÕES COMO A IDA DO COAF PARA O BACEN E A PRIVATIZAÇÃO DA CASA DA MOEDA. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO. (Repórter) O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou que a instituição está atenta e preparada para as incertezas no comércio global. Explicou que o banco está tomando medidas para dar mais transparência às reservas internacionais e, no mercado interno, atua para dar mais solidez aos bancos e ao Real. Roberto Campos disse que o setor financeiro, com mais garantias e estabilidade, pode oferecer taxas de juros menores. O senador Oriovisto Guimarães, do Podemos do Paraná, perguntou sobre a ida do Coaf, órgão encarregado de monitorar movimentações suspeitas de dinheiro, para a estrutura do Banco Central. Oriovisto lembrou da liminar dada pelo presidente do STF que impediu o Coaf, agora rebatizado de UIF, Unidade de Inteligência Financeira, de passar informação à Polícia Federal ou Ministério Público sem ordem judicial. (Oriovisto Guimarães) Vocês vão pedir uma autorização judicial para passar uma informação? Mas ao pedir uma informação judicial você já não estão dizendo que tem alguma coisa contra uma pessoa? Como é que vai ser esse funcionamento? Como é que isso vai encaixar o Banco Central e como é que foi achado tempo para mais essa encrenca? (Repórter): Roberto Campos Neto respondeu que grande parte dos procedimentos de investigação de lavagem de dinheiro foram criados no Banco Central. A ideia de o órgão ir para o Bacen surgiu em conversas com o ministro da Economia, Paulo Guedes. (Roberto Campos Neto) Uma ideia Inicial foi, eu coloco o UIF embaixo de um Banco Central, que tem autonomia, protejo ele, blindo ele do resto e nesse meio do caminho a gente faz um trabalho para melhorar esse órgão para que ele possa em algum momento ser um órgão independente, tecnicamente, e ter autonomia. (Repórter) Roberto Campos Neto também foi questionado pelo senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, sobre a privatização da Casa da Moeda. O presidente do Banco Central disse que a instituição é apenas usuária dos serviços e que, para o cliente, o que importa é que o preço seja bom.

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