Brasileiros na Itália contam como é viver a crise do coronavírus — Rádio Senado
Pandemia

Brasileiros na Itália contam como é viver a crise do coronavírus

Decreto com bloqueio na Itália para barrar o novo coronavírus restringe a entrada e saída do território italiano. Brasileiros que moram no país contam como está sendo conviver com essas medidas. Repórter Regina Pinheiro. 

18/03/2020, 15h50 - ATUALIZADO EM 18/03/2020, 16h19
Duração de áudio: 02:12
Cruz Vermelha Italiana

Transcrição
LOC: DECRETO COM BLOQUEIO NA ITÁLIA PARA BARRAR O NOVO CORONAVÍRUS RESTRINGE A ENTRADA E SAÍDA DO TERRITÓRIO ITALIANO. LOC: BRASILEIROS QUE MORAM NO PAÍS CONTAM COMO ESTÁ SENDO CONVIVER COM ESSAS MEDIDAS. REPÓRTER REGINA PINHEIRO. TÉC: Até agora, a Itália é o país europeu com o maior número de infectados e mortos pela Covid-19. No dia 09 de março, o primeiro-ministro Giuseppe Conte, decretou bloqueio da Itália como uma medida para conter a propagação do novo coronavírus. Com isso, há o fechamento das fronteiras, restrição de deslocamentos pelo país, fechamento de restaurantes, bares, museus, escolas e universidades. A brasileira Liziane Guazina mora desde agosto do ano passado em Milão, uma das áreas mais afetadas pela doença. Ela conta como está o clima no país. (Liziane_clima) “Quando as pessoas, inclusive os políticos, profissionais, as pessoas públicas, tomaram consciência do alcance do vírus e do impacto no sistema público de saúde, então realmente o nível de tensão aumentou bastante no país. Especialmente depois que houve a decisão pelo governo de fechamento total da Itália, de lockdown. Nesse momento, realmente, as pessoas ficaram mais tensas, mais preocupadas, não só com a sua saúde, especificamente, individual, mas com o futuro do país. “ (Rep) O brasileiro Pedro Melo é engenheiro e mora há um ano em Milão, onde faz Mestrado em Engenharia de Construção. Ele está no Brasil desde o final de fevereiro, quando veio para o casamento do irmão, antes do bloqueio. O engenheiro relata a sua saída da Itália e a expectativa do retorno. (Pedro) “Eu vim logo no começo do vírus na Itália. E só senti algumas pequenas mudanças como por exemplo ir ao aeroporto com máscara, com luva. A minha rotina aqui de espera está sendo feita de maneira remota. Estou assistindo minhas aulas online da universidade. Além disso, eu também sou professor de inglês, estou preparando umas aulas online. E, eu tô só no aguardo. Honestamente, não tenho receio de voltar, em relação à doença em si, mas em relação a como vão estar os ânimos. Porque logo antes de voltar os mercados estavam começando a esvaziar porque as pessoas estavam se desesperando. (Rep) Pedro explica que para sair pelas ruas da Itália é preciso uma autorização por escrito, cobrada pela polícia. Atualmente, a data prevista para a duração do bloqueio é três de abril.

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