Boletim de ocorrência de violência doméstica deverá informar se a mulher possui deficiência — Rádio Senado
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Boletim de ocorrência de violência doméstica deverá informar se a mulher possui deficiência

A Comissão de Direitos Humanos aprovou o PLC 96/2017, que torna obrigatório o registro, no boletim de ocorrência, da informação sobre a condição de pessoa com deficiência da mulher vítima de violência doméstica ou familiar. Além de permitir acompanhamento estatístico desses casos, a notificação registra problemas que podem ter sido causados ou agravados pela agressão. A reportagem é de Marcela Diniz.

11/04/2019, 17h05 - ATUALIZADO EM 11/04/2019, 18h30
Duração de áudio: 01:22
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza reunião deliberativa com 21 itens. Na pauta, o PLC 96/2017, que torna obrigatória a informação sobre a condição de pessoa com deficiência da mulher vítima de agressão doméstica ou familiar.

À mesa, presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), conduz reunião.

Bancada:
senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP);
senador Acir Gurgacz (PDT-RO); 
senador Lucas Barreto (PSD-AP);
senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ);  senador Styvenson Valentim (Pode-RN).

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado
Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Transcrição
LOC: O BOLETIM DE OCORRÊNCIA DE CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER DEVERÁ INFORMAR SE A VÍTIMA POSSUI ALGUMA DEFICIÊNCIA. LOC: É O QUE DIZ UM PROJETO APROVADO NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO E QUE SEGUE PARA VOTAÇÃO EM PLENÁRIO. REPÓRTER MARCELA DINIZ. TÉC: O projeto, de autoria da deputada Rosângela Gomes, do PRB do Rio de Janeiro, muda a Lei Maria da Pena para tornar obrigatório o registro, no boletim de ocorrência, da informação sobre a condição de pessoa com deficiência da mulher vítima de violência doméstica ou familiar. Essa notificação possibilita a elaboração de estatísticas sobre agressões a mulheres e meninas com deficiência e, portanto, em situação especial de vulnerabilidade, o que torna o crime mais grave. Ele também permite o acompanhamento do estado de saúde da vítima, já que problemas preexistentes podem ser agravados e novos poderão surgir devido à agressão. O projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça no ano passado e, agora, recebeu o aval da Comissão de Direitos Humanos do Senado. O parecer favorável ao projeto, da relatora, senadora Rose de Freitas, do Podemos do Espírito Santo, foi defendido pelo senador Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte: (Styvenson) 68% das ocorrências de violência contra pessoas com deficiência são contra mulheres e 82% das ocorrências de violência sexual contra pessoas com deficiência são contra mulheres. Não resta dúvida sobre a gravidade do problema. A medida proposta é tão simples quanto eficiente. (Rep) O projeto segue para votação em plenário. Da Rádio Senado, Marcela Diniz. PLC 96/2017

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