Bancos não poderão descontar débitos de quem receber o auxílio emergencial — Rádio Senado
Coronavírus

Bancos não poderão descontar débitos de quem receber o auxílio emergencial

Os bancos não poderão descontar do auxílio emergencial as eventuais dívidas que o cliente tenha com a instituição. Segundo informou o ministro da Cidadanina, Onix Lorenzoni, o governo fez acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para que os R$ 600 sejam integralmente  entregues ao trabalhador informal. O líder do PDT, senador Weverton (MA) disse que os brasileiros precisam do dinheiro para sobreviver neste momento de crise do coronavírus. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) elogiou a decisão do ministro da Cidadania. Reportagem, Iara Farias Borges.

08/04/2020, 12h38 - ATUALIZADO EM 08/04/2020, 12h55
Duração de áudio: 02:31
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Transcrição
LOC: OS BANCOS NÃO PODERÃO DESCONTAR DO AUXÍLIO EMERGENCIAL AS DÍVIDAS QUE O CLIENTE TENHA COM A INSTITUIÇÃO. LOC: O AVISO FOI FEITO PELO MINISTRO DA CIDADANIA ONYX LORENZONI E RECEBEU ELOGIOS NO SENADO. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES. (Repórter) Segundo informou o ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni, o governo fez um acordo com a Febraban, Federação Brasileira de Bancos, para que do auxílio emergencial não sejam abatidas eventuais dívidas que o cliente tenha com o banco. O dinheiro será depositado numa conta separada da principal, mas vinculada a ela para que o cliente use o mesmo cartão. A ideia é que os 600 reais entrem na conta dos trabalhadores informais intactos para serem usados nas necessidades básicas, especialmente na alimentação, neste momento em que o trabalho está prejudicado pela crise do novo coronavírus. O líder do PDT, senador Weverton, do Maranhão, lembrou que, em reunião na residência oficial da Presidência do Senado, pediu ao ministro Onyx que o auxílio emergencial fosse integralmente entregue ao trabalhador. (Weverton) “Fizemos o apelo ao ministro para que as pessoas que vão receber esse auxílio emergencial, o trabalhador lá na ponta que esteja devendo ao banco, que o banco não possa ficar com esse dinheiro, que sejam dados esses 600 de crédito direto para ele. Porque, num momento emergencial destes, é um absurdo se uma instituição financeira ainda querer descontar esse recurso”. (Repórter) O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, elogiou a decisão do ministro Onyx. (Davi Alcolumbre) “Escutando as nossas ponderações, acatou a nossa manifestação e já anunciou que os bancos não irão cobrar daqueles brasileiros que, porventura, tenham alguma dívida, quando cair esse auxílio emergencial. Isso é muito significativo e eu queria agradecer ao líder Weverton, que fez essa solicitação, e cumprimentar o ministro Onyx, que a acatou, ajudando, com certeza, os brasileiros”. (Repórter) O auxílio emergencial será pago por três meses, a trabalhadores informais, microempresários individuais e autônomos que contribuam para o INSS, Instituto Nacional do Seguro Social. Para receber os 600 reais é preciso ter mais de 18 anos, não ter carteira assinada e não receber outro benefício. Apenas quem recebe o Bolsa Família poderá escolher o que for mais vantajoso. O pagamento está previsto para começar nesta quinta-feira, 8 de abril, para os que estão no CadÚnico, Cadastro Único de programa social do governo, que não recebem o Bolsa Família, e têm conta no Banco do Brasil ou na Caixa. O calendário de pagamentos e mais informações podem ser acessados nos sites do Ministério da Cidadania e da Caixa.

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