Prevenção de suicídio deve incluir restrição ao uso de armas e pesticidas

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTIU, NESTA SEGUNDA-FEIRA, O AUMENTO NO NÚMERO DE CASOS DE SUICÍDIOS E QUAIS POLÍTICAS PÚBLICAS SÃO NECESSÁRIAS PARA COMBATER ESSE QUADRO. LOC: PARA OS CONVIDADOS, FALAR SOBRE O ASSUNTO SEM JULGAR E CONSCIENTIZAR É UMA DAS FORMAS EFICAZES DE COMBATE. REPÓRTER LAÍSA LOPES TÉC: Dados do Ministério da Saúde apontam que a cada 40 segundos um suicídio acontece no mundo, totalizando 800 mil casos. No Brasil, são 32 suicídios por dia. Esta já é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Ainda segundo o órgão, em 2011, cerca de 10.500 pessoas tiraram a própria vida e, em 2015, esse número subiu para quase 12 mil casos. Durante a reunião, a representante do Ministério da Saúde Cinthia Lociks de Araújo disse que o órgão promove capacitação de profissionais, oficinas e criação de incentivo financeiro a projetos locais de combate ao suicídio. Para ela, ainda é preciso restringir o acesso a meios geralmente usados por pessoas em situação de risco. (Cinthia) A restrição do acesso a meios mais o controle de vários meios então medicamentos, pesticidas né, controle de armas, são ações que tem alguns maiores potenciais de impacto na redução do suicídio. (Repórter) O Ministério da Saúde divulgou que, em 2011, cerca de 3 mil pessoas tentaram tirar a própria vida. E, em 2017, esse número subiu para quase 20 mil tentativas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada dez suicídios poderiam ser evitados. A voluntária do Centro de Valorização da Vida, Leila Herédia, destaca que tratamentos específicos a cada indivíduo podem impedir a ação. (Leila) A pessoa que tem depressão às vezes é sorridente. Mas ela por dentro ela está em frangalhos, ela está desabando, mas é o mecanismo de defesa que ela se apresenta ali. Cada ser sente de uma forma, não existe uma fórmula mágica, não dá para gente falar é assim ou daquele jeito. O assunto é complexo e a gente não pode tratar de uma forma simplista, porque as pessoas estão morrendo aí a todo o momento. (Repórter) Se você conhece alguém que esteja em situação de risco, pode buscar ajuda nas Unidades Básicas de Saúde, Centro de Atenção Psicossocial, Emergência do Samu, pronto socorro e hospitais. Outra forma de apoio é o Centro de Valorização da Vida que atende gratuitamente pelo número 188 ou no endereço www.cvv.org.br. Com supervisão de Tiago Medeiros, da rádio Senado, Laísa Lopes.