Audiência sobre e-sports discute mercado e violência em jogos eletrônicos — Rádio Senado
Audiência pública

Audiência sobre e-sports discute mercado e violência em jogos eletrônicos

A Comissão Educação, Cultura e Esporte discutiu nesta quinta-feira (7) o projeto que regulamenta os jogos eletrônicos e passa a considerá-los uma modalidade esportiva (PLS 383/2017). O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) chamou a atenção para o caráter violento de alguns jogos. A psiquiatra Renata Figueiredo comparou o vício nas modalidades eletrônicas à dependência química. Já os gamers convidados trouxeram exemplos de dedicação e profissionalismo. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

07/11/2019, 13h58 - ATUALIZADO EM 07/11/2019, 19h38
Duração de áudio: 02:21
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza audiência pública interativa com o objetivo de aprofundar a discussão sobre o Projeto de Lei do Senado n° 383, de 2017, que dispõe sobre a regulamentação da prática esportiva eletrônica.

Mesa:
diretor-executivo (CEO) da INTZ, Lucas Almeida;
diretor-executivo (CMO) da BBL e-SPORTS, Leo De Biase;
presidente eventual da CE, senadora Leila Barros (PSB-DF);
representante da Entertainment Software Association (ESA), Mario Marconini;
diretora-Executiva (CEO) da Black Dragons, 
Nicolle "Cherrygumms" Merhy;
diretor-executivo (CEO) da Team oNe eSports, Alexandre Jorge Peres.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS JOGADORES DE ESPORTES ELETRÔNICOS AFIRMARAM ESTAR ABERTOS AO DIÁLOGO SOBRE O PROJETO QUE REGULAMENTA O SETOR E PEDEM MAIS INVESTIMENTOS. LOC: DURANTE A AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, SENADORES E ESPECIALISTAS CRITICARAM CONTEÚDO VIOLENTO DE ALGUNS JOGOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA (Repórter) O projeto que regulamenta os e-sports já foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte. Mas a senadora Leila Barros, do PSB do Distrito Federal, deicidiu incluir os gamers no debate em uma audiência pública. Leo de Biase, diretor da BBL, holding especializada no universo dos jogos eletrônicos, chamou a atenção para o crescimento do mercado, que hoje só perde em audiência, para a NFL, a liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos. Leo defende uma nova redação para o projeto, mas é categórico ao afirmar que os gamers são sim atletas profissionais. (Leo de Biase) A gente tá falando de competição, a gente está falando de Fair Play, de dedicação, são atletas, a gente está falando de um profissionalismo muito grande em todas as partes do ecossistema, de uma torcida gigantesca, apaixonada, de muito treino e dedicação. (Repórter) Um dos principais pontos discutidos foi o teor violento de alguns jogos, como destacou o senador Styvenson Valentim, do Podemos do Rio Grande do Norte. (Styvenson Valentim) Eu conheço alguns jogos que o jogador tem prazer em bater no policial no jogo. Não bate na vida real mas vai bater no videogame. Tem o prazer de bater nas mulheres. Não tem? Eu digo aqui o GTA, que pega um porrete e bate no outro, dá tiro, descarrega a arma todinha no cara. Não é violência? (Repórter) A psiquiatra Renata Figueiredo citou evidência científica que compara o vício em jogos eletrônicos à dependência química, com mudanças no humor e sintomas de ansiedade e abstinência. (Renata Figueiredo) E mesmo violência caricatural e fantasiosa, matar zumbi e matar fantasma, aumenta a agressividade logo após jogar. Não é possível associar grandes tragédias massacre aos jogos violentos, mas os relatos os históricos é que treinaram a mira nos jogos, Columbine, aqui em Suzano, teve relato de que jogaram. (Repórter) Já o psicólogo esportivo João Ricardo Cozac considera saudável o crescimento das modalidade eletrônicas. (João Ricardo Cozac) Existe a outra parte assim como existe o menino que não sai da quadra o dia inteiro. Violência basta ligar a televisão e ver uma novela. (Repórter) Uma nova audiência pública sobre os e-sports está marcada para o dia 21 de novembro.

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