Audiência na CRA discutiu reforma agrária, assentamentos e desmatamento na Amazônia — Rádio Senado
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Audiência na CRA discutiu reforma agrária, assentamentos e desmatamento na Amazônia

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realizou audiência pública para debater a reforma agrária, o processo de assentamentos rurais e a devastação da Floresta Amazônica. A iniciativa para o debate é do senador Telmário Mota (PTB-RR). Para o senador, é preciso regularizar as terras e dar condições para o desenvolvimento da agricultura familiar. A reportagem é de Iara Farias Borges.

08/05/2018, 17h10 - ATUALIZADO EM 08/05/2018, 17h10
Duração de áudio: 02:11
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realiza audiência interativa para tratar da reforma agrária, da política de assentamentos rurais e da devastação da floresta amazônica.

Mesa:
coordenador de Regularização Fundiária da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), José Dumont Teixeira;
secretário especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Jefferson Coriteac;
presidente da CRA, senador Ivo Cassol (PP-RO);
representante da Comissão Pastoral da Terra (Cpt), Luismar Ribeiro Pinto;
assessora da Secretaria de Política Agrária da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Laissa Pollyana do Carmo; 
dirigente Nacional e Coordenador do Escritório do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Brasília (MST), Alexandre Conceição.


Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: REPRESENTANTES DO GOVERNO E DE ASSENTADOS DEFENDEM REGULARIZAÇÃO DE TERRAS E ASSISTÊNCIA PARA PRODUZIREM COM PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. LOC: A REFORMA AGRÁRIA E A POLÍTICA DE ASSENTAMENTOS FORAM TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE AGRICULTURA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. TÉC Segundo a representante do Incra Thaia de Souza, a regularização fundiária e a infraestrutura nos assentamentos contribuem para reduzir os conflitos no campo com preservação ambiental. Ela informou que o Incra recebe cada vez menos recursos e defendeu uma agricultura com proteção da floresta. Também para o presidente da Comissão de Agricultura, senador Ivo Cassol, do PP de Rondônia, a regularização é importante para os agricultores assentados. (Ivo Cassol) “Não basta só você assentar, mas é dar o documento para que o agricultor possa ter acesso para comprar um trator, para comprar uma vaca de leite. Então, precisa dar condições de estrada, de escola, de posto de saúde, e ter a documentação”. (Repórter) Ao destacar que a agricultura familiar representa 38% do Produto Interno Bruto e emprega quase 75% da mão de obra rural, o senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, disse que o pequeno agricultor precisa de condições para ficar no campo. (Telmário Mota) “Eu não tenho nenhuma dúvida: o homem quando chega na sua terra e tem aquele cheiro gostoso, depois de uma chuva, principalmente, não dúvida nenhuma que você abraça aquilo com o maior amor. Agora, morar lá sem nenhuma condição, Deus me perdoe”. (Repórter) A agricultura familiar produz mais de 70% da alimentação do brasileiro, quando os grandes agropecuaristas produzem para exportar, explicou o Secretário de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, Jefferson Coriteac. Ele defende participação de todos os envolvidos na resolução de conflitos rurais. (Jefferson Coriteac – 16”) “Abrir os diálogos com todos os movimentos sociais, incluo aqueles que não estavam sendo representados, porque eu acho que não é somente feita a representação por um único movimento, por uma única agremiação, tem que ser por várias e todas elas que representam os agricultores familiares”. (Repórter) Também participaram do debate representantes da Contag, Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares; do MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; e da Comissão Pastoral da Terra. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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