Falta de medicamentos para transtornos de humor cria situação grave, alerta Girão
Nota da Associação Brasileira de Psiquiatria alerta para a falta de dois medicamentos utilizados no tratamento de transtornos de humor: o cloridrato de imipramina e o carbonato de lítio. De acordo com o senador Eduardo Girão (PODE-CE), a situação é urgente porque a falta do uso contínuo dos medicamentos pode levar a consequências graves, como o suicídio. Mais informações na reportagem de Rodrigo Resende, da Rádio Senado
Transcrição
LOC: A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA ALERTA PARA A FALTA DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS PARA O TRATAMENTOS DE TRANSTORNOS DE HUMOR.
LOC: O ASSUNTO FOI DISCUTIDO NO PLENÁRIO DO SENADO. AS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER RODRIGO RESENDE:
TÉC: A Associação Brasileira de Psiquiatria emitiu nota alertando para a falta no mercado de dois medicamentos utilizados no tratamento de transtornos de humor: o cloridrato de imipramina e o carbonato de lítio. O assunto foi trazido ao plenário do Senado pelo senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará:
(Girão) A falta de oferta desses medicamentos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, se configura gravíssima crise na assistência médica, com riscos de recaídas imediatas e de graves transtornos mentais a milhares de pessoas.
(REP) A associação alertou ainda que a falta da medicação contínua pode trazer consequências graves, como o aumento do número de suicídios. Eduardo Girão destacou que, em determinada faixa etária, o suicídio já é a segunda causa de morte, o que mostra a urgência da situação:
(Girão) Segundo a Organização Mundial de Saúde, pouco mais da metade de todas as pessoas que cometem suicídio têm menos de 45 anos. Entre a faixa etária de 15 a 24 anos, o suicídio é a segunda principal causa de morte, depois do acidente de carro. Objetivando evitar essas verdadeiras tragédias humanas é que temos que nos incomodar com a falta desses medicamentos importantes.
(REP) Eduardo Girão solicitou informações sobre a falta dos medicamentos ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.