Após negociação para fim da greve, Senado vai votar projeto sobre preços mínimos para transporte de cargas
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, quer votar nos próximos dias o projeto da divulgação semestral de uma tabela com os valores por quilômetro rodado por eixo carregado e conforme a carga. A proposta é prioridade dos caminhoneiros. Segundo ele, com esse acordo, será adiada a votação da isenção do PIS/Cofins do diesel. (Eunício_3): O projeto que veio da Câmara vai se abrir um debate para encontrar as fontes verdadeiras que possam cobrir isso sem prejudicar a questão de saúde e outros tipos de financiamentos que são feitos com esses recursos. Ou vai fazer uma negociação de baixar, manter ou buscar outra fonte em função dessa aqui. Ele pode ser alterado na negociação que me comprometi como presidente a fazer aqui dentro da Casa. O projeto dos caminhoneiros está na Comissão de Assuntos Econômicos, mas deverá ser votado direto pelo Plenário diante do pedido de urgência.
Transcrição
LOC: APÓS PARTICIPAR DE NEGOCIAÇÃO COM GOVERNO E CAMINHONEIROS QUE INTERROMPEU A GREVE DA CATEGORIA, O PRESIDENTE DO SENADO AFIRMOU QUE A CASA VAI VOTAR O PROJETO REFERENTE À POLÍTICA DE PREÇOS MÍNIMOS PARA O TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS.
LOC: EUNÍCIO OLIVEIRA DISSE AINDA QUE SERÁ ADIADA DISCUSSÃO DA PROPOSTA APROVADA PELA CÂMARA SOBRE ISENÇÃO DE IMPOSTOS PARA O DIESEL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
TÉC: O presidente do Senado, Eunício Oliveira, anunciou que será prioridade nos próximos dias a votação da política de preços mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. O projeto, que está na Comissão de Assuntos Econômicos, prevê a divulgação semestral de uma tabela com os valores por quilômetro rodado por eixo carregado e conforme a carga. Segundo Eunício Oliveira, houve um acordo para o adiamento da votação do projeto já aprovado pelos deputados que isenta o diesel do PIS/Cofins.
(Eunício): O projeto que veio da Câmara vai-se abrir um debate para encontrar as fontes verdadeiras que possam cobrir isso sem prejudicar a questão de saúde e outros tipos de financiamentos que são feitos com esses recursos. Ou vai fazer uma negociação de baixar, manter ou buscar outra fonte em função dessa aqui. Ele pode ser alterado na negociação que me comprometi como presidente a fazer aqui dentro da Casa. Já o líder do PT, senador Lindbergh Farias do Rio de Janeiro, disse que o acordo não resolve o problema dos caminhoneiros nem dos consumidores.
(Lindbergh) Para mim, infelizmente, a médio prazo não resolve nada. Se não mudar a política de preços da Petrobras, não resolve. Foram 229 reajustes no governo Temer. E outro problema é que Petrobras aumentou o custo. O custo do diesel está 56% acima da cotação internacional. A líder do PMDB, senadora Simone Tebet de Mato Grosso do Sul, argumentou que o acordo foi bom para todos.
(Simone) Nós avançamos, vai ter redução na bomba no preço do diesel em 0,25 centavos, acabou a CIDE até o final do ano e com a reoneração, equilibramos essa conta. E ao invés PIS/Cofins, que são R$ 14 bilhões, e estaríamos retirando dinheiro da saúde, previdência e da seguridade, o governo vai subsidiar até o final do ano esse não aumento do diesel. O acordo assinado pelo governo e caminhoneiros possui 12 itens. Entre eles, o reajuste mensal do diesel e não mais diário, a retirada de processos contra as associações dos caminhoneiros e a anistia de multas de trânsito. Da Rádio Senado, Hérica Christian.
PLC 121/2017
