Altos índices de mortalidade materna preocupam senadores — Rádio Senado

Altos índices de mortalidade materna preocupam senadores

LOC: OS ALTOS ÍNDICES DE MORTALIDADE MATERNA NO BRASIL PREOCUPAM OS SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DO SENADO. O TEMA FOI DEBATIDO EM DUAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS NESTE ANO ¿ E MOTIVOU A SENADORA ROSALBA CIARLINI A APRESENTAR PROJETO DE LEI PARA ESTIMULAR AS MULHERES A FAZEREM O EXAME PRÉ-NATAL. 

LOC: DIMINUIR OS ÍNDICES DE MORTALIDADE MATERNA É UMA DAS METAS DO MILÊNIO DEFINIDAS PELA ONU, E QUE O BRASIL DEVERÁ ATINGIR ATÉ 2015. 

TÉC: Segundo dados da ONU, no Brasil em cada 100 mil nascimentos, morrem 110 mulheres no parto ou em decorrência da gestação. De acordo com as metas do milênio traçadas pela ONU, esse número deverá ser reduzido para 35 até 2015. O índice brasileiro é considerado altíssimo e ultrapassa muito o de outros países latinoamericanos como o México, que é de 60 mortes para cada 100 mil nascimentos, a Argentina, com 77 e Cuba, com 45. A situação é mais grave no Norte e Nordeste do Brasil, mas em algumas cidades, como Curitiba, o índice de mortalidade iguala ao dos Estados Unidos e de Portugal, que é de 12 mortes. Para o senador Flávio Arns, do PSDB do Paraná, o que mais preocupa é que a mortalidade materna está aumentando nos últimos anos. (ARNS) em 1990 eram 140 no Brasil, em 2002 chegamos a 75 e agora a curva vem aumentando até 2007 de novo. Ao invés de continuar caindo, porque dentro das metas do milênio seriam de 35, o índice da mortalidade materna, que é o índice mais sensível para se ver o atendimento de saúde da população ¿ de 2004 para cá a mortalidade materna no Brasil está aumentando, isso é algo que preocupa. (REP) Flávio Arns ponderou que as mortes estão aumentando proporcionalmente, mesmo considerando que houve também aumento das notificações. A senadora Rosalba Ciarlini, do Democratas do Rio Grande do Norte, presidente da Comissão de Assuntos Sociais, anunciou que vai apresentar um projeto de lei para que as mulheres que recebem o bolsa-família possam também receber um valor adicional durante o pré-natal e o período de amamentação. (CIARLINI) que seja integrado ao bolsa família um trabalho de proteção ainda maior à maternidade. e que após o parto, as mães que fizerem o aleitamento materno, que elas possam também receber um diferencial, um abono, um valor a mais do bolsa família, acho que isso seria algo que estimularia as famílias a ter a preocupação da mulher com o pré natal, haveria uma cobrança maior dos serviços públicos, porque a própria mulher estaria cobrando. (REP) A Organização Mundial da Saúde considera aceitável o índice de 20 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos. Estima-se que mais de meio milhão de mulheres morrem a cada ano no mundo por causas relacionadas à gravidez ou ao parto, na maioria, por falta de atendimento médico. 
24/09/2010, 12h58 - ATUALIZADO EM 24/09/2010, 12h58
Duração de áudio: 02:39
Ao vivo
00:0000:00