Ajustes na concessão de benefícios devem encontrar resistência no Congresso — Rádio Senado

Ajustes na concessão de benefícios devem encontrar resistência no Congresso

LOC: O GOVERNO DEVERÁ TER DIFICULDADES PARA APROVAR NO CONGRESSO NACIONAL MEDIDAS QUE DIFICULTAM A CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. 

LOC: ENTRE AS NOVIDADES ESTÁ O AUMENTO DE SEIS PARA 18 MESES O TEMPO DE TRABALHO PARA A REQUISIÇÃO DO SEGURO-DESEMPREGO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) Para economizar R$ 18 bilhões, o governo federal vai dificultar a concessão de benefícios do INSS. Agora para receber o seguro-desemprego pela primeira vez, o empregado deverá permanecer um ano e meio, e não mais seis meses no trabalho. O abono que será proporcional ao tempo de serviço só será pago com seis meses de carteira assinada. A pensão por morte cairá pela metade e não será vitalícia para o cônjuge de até 35 anos com dois anos de casamento. Mas será acrescida em 10% por filho menor desde que o titular tenha contribuído por dois anos. A exceção é a morte por acidente de trabalho. O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, criticou algumas medidas. 

(Paulo Paim) Se o seguro-desemprego tem algum tipo de problema, não é tirando direitos dos inocentes que você vai punir os culpados. O que você não pode é retirar direito de quem mais precisa dificultando a possibilidade de acesso ao seguro-desemprego. 

(Repórter) O líder do Democratas, senador José Agripino, do Rio Grande do Norte, avalia que o governo poderia economizar demitindo apadrinhados políticos. 

(José Agripino) O Brasil comprou gato por lebre porque Dilma está fazendo o que negava na campanha eleitoral. Ela está adotando medidas sobre aposentados, sobre detentores de direitos trabalhistas e sobre quem não pode gritar. 

(Repórter) O líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, ressaltou que as mudanças servem também para acabar com as fraudes na Previdência. 

(Humberto Costa) A preocupação do governo é exatamente evitar fraudes e o uso indevido dos benefícios sociais até porque tudo isso é pago pela população, pelos demais contribuintes da Previdência Social. 

(Repórter) Já o seguro defeso no valor de um salário mínimo só será pago aos pescadores que comprovarem o exercício da profissão por 3 anos e a contribuição previdenciária por um ano. 
30/12/2014, 11h03 - ATUALIZADO EM 30/12/2014, 11h03
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