Aécio analisa governo do PT e exalta reformas promovidas por FHC — Rádio Senado

Aécio analisa governo do PT e exalta reformas promovidas por FHC

LOC: EM DISCURSO DE ESTREIA NO SENADO, AÉCIO NEVES ANALISA ERROS E ACERTOS DO GOVERNO DO PT E EXALTA REFORMAS PROMOVIDAS PELO GOVERNO DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO. LOC: EM APARTE, VÁRIOS SENADORES DEBATERAM A EVOLUÇÃO BRASILEIRA NAS ÚLTIMAS DÉCADAS. Depois de três meses como senador, Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, subiu à tribuna para analisar a conjuntura brasileira e a história recente do país. Lembrou que o Brasil é fruto de acertos e erros de vários governos e que avanços atuais também são resultado de ações adotadas desde o Governo de Itamar Franco, entre 1992 e 1994, que, por exemplo, criou o Plano Real. Aécio Neves citou ainda medidas adotadas pelo governo tucano, entre 1995 e 2002, que possibilitaram conquistas atuais como a Lei de Responsabilidade Fiscal, o socorro aos bancos e as privatizações. O senador mineiro também ressaltou que seu jeito de fazer política é de combate a idéias e não a pessoas e listou três eixos que, segundo ele, devem nortear a oposição: Aécio - é nosso dever atuar com firmeza e lealdade em três diferentes e complementares frentes: a primeira, a que define a nossa postura em relação ao governo, a segunda, que nos remete ao nosso compromisso inalienável com o resgate da Federação. E a terceira frente, que nos permitirá uma aproximação ainda maior com os brasileiros. Rep: Entre as críticas que fez ao PT, que governa o país desde 2003, Aécio Neves listou o desarranjo fiscal, o aparelhamento do estado e a centralização de verbas públicas, que, segundo ele, fere o pacto federativo e prejudica estados e municípios. Para corrigir esse problema, o senador propôs que estradas passem a ser responsabilidade de estados e municípios e que os fundos de participação sejam revistos, como forma de repor perdas de governos de estado e de prefeituras. Afora as críticas, Aécio Neves disse que é possível construir convergências entre oposição e governo, e deu um exemplo: Aécio ¿ refiro-me à redução dos impostos cobrados em setores estratégicos da nossa economia, no caso, a redução a zero a alíquotas de PIS e confins de empresas de saneamento. Podemos somar forças e apoiar a iniciativa do ilustre senador Francisco Dornelles, que defende proposta semelhante para capitalizar as empresas de água e esgoto e fomentar novos investimentos em saneamento em todas as regiões do Brasil. Rep: Vários senadores da base aliada e da oposição apartearam Aécio Neves. Gleisi Hoffmann, do PT paranaense, lembrou que a principal diferença entre os governos petista e tucano é que, com Lula, o desenvolvimento veio acompanhado de distribuição de renda. Essas diferenças também foram pontuadas pelo líder do PT, Humberto Costa, de Pernambuco: Humberto Costa - Essa foi a escolha que o povo fez: entre o Brasil do passado e o Brasil do presente, não o Brasil dos milhões de desempregados, das hordas que andavam pelas ruas sem ocupação, não o Brasil que chegou no momento da crise de 98 a ter uma relação de dívida pública/PIB da ordem de 50,4%, não do Brasil que tinha milhões e milhões de pessoas sem qualquer perspectiva de futuro, mas sim o Brasil que incluiu mais de 23 milhões de pessoas que viviam na miséria, mas sim o Brasil que introduziu na classe média mais de 30 milhões de brasileiros e brasileiras. Rep: Já o ex-presidente Itamar Franco, do PPS mineiro, lembrou que o PT foi contra o Plano Real e que, na época, a inflação era de 4% ao dia, enquanto hoje, quase 17 anos depois, a inflação projetada é de 5% ao ano no Brasil. Itamar Franco disse esperar que a partir de agora a oposição seja mais ativa no Senado. A mesma linha foi adotada pelo líder do Democratas, o goiano Demóstenes Torres: Demóstenes Torres - Se nós quisermos parecer com o governo, o povo vai ficar com o governo, porque é melhor ficar com o original do que com a cópia, se a oposição quiser ser cópia do governo, se não tiver bandeira, se esconder seus propósitos, nós não vamos chegar lá. Rep: Ao todo, foram mais de quatro horas de debate em plenário, com a participação d
06/04/2011, 08h15 - ATUALIZADO EM 06/04/2011, 08h15
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