Acordo de paz entre Colômbia e Farc deveria servir de exemplo para mundo, destaca Jorge Viana — Rádio Senado
América do Sul

Acordo de paz entre Colômbia e Farc deveria servir de exemplo para mundo, destaca Jorge Viana

28/09/2016, 12h55 - ATUALIZADO EM 28/09/2016, 12h55
Duração de áudio: 02:05
Juan Pablo Bello/Presidência da Colômbia

Transcrição
TÉC: O ACORDO DE PAZ ENTRE O GOVERNO COLOMBIANO E AS FARC DEVERIA SERVIR DE EXEMPLO PARA OUTROS CONFLITOS NO MUNDO. LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA PELO VICE-PRESIDENTE DO SENADO, SENADOR JORGE VIANA, DO PT DO ACRE, QUE ELOGIOU O DOCUMENTO QUE ACABOU COM MEIO SÉCULO DE GUERRA NO PAÍS VIZINHO. REPÓRTER GEORGE CARDIM. Téc: Após 52 anos de uma guerra que matou mais de 260 mil pessoas e deixou milhões de deslocados internos e 45 mil desaparecidos, o governo colombiano e a guerrilha das Farc firmaram um histórico acordo de paz. O fim do conflito armado recebeu o apoio da comunidade internacional e foi anunciado após quatro anos de intensas negociações e três fracassos de governos anteriores. O líder das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, pediu perdão às vítimas e o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que o pacto tem o poder de salvar vidas. Entre outros pontos, o documento prevê seis compromissos, como o cessar fogo, investimentos no campo e a participação política dos ex-combatentes. O vice-presidente do Senado, Jorge Viana, do PT do Acre, disse que o acordo deveria servir de exemplo para outros conflitos no mundo. (Jorge Viana) Foi uma cena linda, que o mundo deve ver repetida. Eu acho que é algo extraordinário o que aconteceu e criasse uma pedagogia. Este evento agora na Colômbia serve para todo o mundo, serve para os sete bilhões no planeta, de que o caminho para guerra, para o enfrentamento não deve ser buscado por ninguém. Eu parabenizo o povo colombiano e todos que fizeram a mediação, inclusive o Papa Francisco e o governo cubano, que mais se destacaram para que o acordo pudesse ser assinado. (REPÓRTER) O documento firmado também prevê a criação de um tribunal especial para julgar com penas mais brandas quem confessar seus crimes, além de garantir o direito das vítimas à reparação. O réu que não admitir a culpa pode ser condenado a até 20 anos de prisão. O acordo de paz ainda deverá ser aprovado pelos colombianos num plebiscito marcado para o dia 2 de outubro.

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