Jovem Senador 2024: estudantes participam de debate sobre educação midiática

Transcrição
NESTA QUINTA-FEIRA, NO QUARTO DIA DE VIVÊNCIA LEGISLATIVA DA EDIÇÃO 2024 DO PROGRAMA JOVEM SENADOR, OS ESTUDANTES PARTICIPARAM DE UM DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO MIDIÁTICA. A REPÓRTER JÚLIA LOPES ACOMPANHOU A AUDIÊNCIA PÚBLICA: A educação midiática é um conjunto de habilidades que as pessoas devem desenvolver para fazer uma análise crítica da mídia, saber diferenciar as diversas linguagens da informação, seja em redes sociais, jornais ou até mesmo em situações do cotidiano. Um debate sobre o tema marcou o quarto dia da programação do Jovem Senador 2024. Foi na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, e, além do presidente do colegiado, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, presidiram a audiência a representante de Alagoas, Priscila Alves, e o jovem senador de Goiás, Leandro Simões. A jornalista e escritora Janúaria Alves foi uma das debatedoras. Ela chamou a atenção para o papel e a responsabilidade que cada um de nós tem nas redes: (Janúaria Alves) "Não precisa ser influenciador, não precisa ter um milhão de seguidores para ter um papel importante nas redes. Cada clicada, cada compartilhamento é uma atitude de interação. Só que a gente precisa ir além da interação. A gente precisa praticar a verdadeira participação." A jornalista Ester Monteiro, responsável pelo Senado Verifica, serviço que checa se notícias relacionadas ao Senado são verdadeiras ou falsas, também participou do debate. Ela destacou que, das 27 redações vencedoras, dez abordavam o combate às fake news como um dos desafios do Senado: (Ester Monteiro) "Porque das 27 redações vencedoras que trouxeram vocês para essa semana de vivência aqui no Senado, 10 citaram o combate às fake news e as notícias falsas como um desafio a ser enfrentado pelo Senado Federal nos seus próximos 200 anos." Quando estamos usando o celular nas redes sociais, rolamos a tela para cima e vemos todo tipo de conteúdo misturado. Para a presidente do Instituto Palavra Aberta, Patricia Blanco, essa falta de clareza torna mais difícil a leitura crítica da mídia para quem a consome: (Patricia Blanco) "Então tem a informação jornalística, tem o post do meu colega, tem o influenciador que estava tentando me vender alguma ideia, algum produto, então está tudo ali junto e misturado, fazendo com que se torne ainda mais complexo essa leitura crítica da informação para esse público que, embora saiba mexer nos dispositivos, precisa ser educado midiaticamente para saber diferenciar esses conteúdos e utilizar bem a tecnologia que está aí, toda essa parte digital e midiática que está ofertada." O fato de que muitos jovens não conseguem diferenciar informação de opinião é uma preocupação cotidiana, pois é essa distinção que nos torna cidadãos, como destacou a professora do Departamento de Jornalismo da Universidade de Brasília, Rafiza Varão. (Prof. Rafiza Varão) "Isso é grave, porque nós precisamos, com certeza, discernir o que é informação e o que é opinião. Porque a informação e a informação de notório interesse público, essa informação que precisa ser pública, é ela que nos orienta na nossa vida, no dia a dia, e é ela que faz com que nós possamos ser cidadãos plenos, ou seja, faz com que nós possamos tomar decisões, fazer escolhas com uma consciência crítica." Esteve presente na reunião, também, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Mariana de Almeida e o professor de comunicação da Universidade de Brasília Sivaldo Pereira. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Júlia Lopes.