Ruy Castro é eleito para a Academia Brasileira de Letras — Rádio Senado
Cultura

Ruy Castro é eleito para a Academia Brasileira de Letras

O jornalista Ruy Castro foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Ruy escreveu biografias como a de Nelson Rodrigues, Carmen Miranda e Garrincha. O jornalista vai ocupar a vaga número 13, que era de Sérgio Paulo Rouanet.

10/10/2022, 11h27 - ATUALIZADO EM 10/10/2022, 11h27
Duração de áudio: 02:01
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Transcrição
O ESCRITOR E JORNALISTA RUY CASTRO FOI ELEITO PARA A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. RUY É AUTOR DE BIOGRAFIAS DE PERSONALIDADES BRASILEIRAS MARCANTES, COMO NELSON RODRIGUES, GARRINCHA E CARMEN MIRANDA. REPORTAGEM DE RODRIGO RESENDE. O escritor, jornalista e biógrafo Ruy Castro foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Ele vai ocupar a cadeira número 13, que era de Sérgio Paulo Rouanet. Ruy escreveu biografias de figuras importantes como Nélson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda. Também escreveu o livro "Chega de Saudade", que conta a história da Bossa Nova. Em entrevista ao programa Leituras, da TV Senado, Ruy Castro ressaltou a importância de detalhar em uma biografia não só a vida da pessoa: Ruy Castro - É, veja bem, o biografado é claro que ele é a estrela do livro, ele é importantíssimo. Agora, há duas outras coisas também são importantes quando você pensa em fazer uma biografia: as outras pessoas que estão em volta do seu biografado. Elas também têm que ser interessantes. E evidentemente o cenário e a época em que o biografado viveu, se locomoveu, etc. Porque é evidente que você não vai entender nunca um personagem desligado do seu contexto. Então é preciso recriar todo aquele panorama em que ele circulou. Ruy Castro também escreve livros de ficção, mas sempre com um olhar na realidade, como o recente "Os perigos do Imperador", sobre a viagem de Dom Pedro Segundo aos Estados Unidos: Ruy Castro - Eu não tenho essa facilidade para inventar tramas e personagens. Eu preciso trabalhar muitas vezes com personagens que já existem ou que existiram. Isso aí é o velho vício do biógrafo, na verdade. Que o biógrafo não pode inventar, o biógrafo tem que descobrir. Na ficção é ao contrário, você é obrigado a inventar. Agora nada me impede de também descobrir. Então eu faço altas pesquisas sobre a vida das personagens, do Bilac, do jovem príncipe Dom Pedro. E exponho em situações fictícias mas de tal maneira, na minha opinião, que eles poderiam ter vivido aquelas histórias. Ruy Castro é jornalista desde 1967 e tem 74 anos. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras com 32 dos 35 votos. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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