Senado brasileiro tem participação de destaque nas discussões da COP 26 — Rádio Senado
Mudanças Climáticas

Senado brasileiro tem participação de destaque nas discussões da COP 26

Senadores brasileiros que participaram da Cop-26, em Glasgow, na Escócia, defenderam novos modelos econômicos que permitam a sustentabilidade e também a compensação aos países que preservam a natureza. Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, destacou que a sustentabilidade passa por incentivos econômicos aos cidadãos e por apoio dos países mais ricos àqueles em desenvolvimento.

11/11/2021, 18h55 - ATUALIZADO EM 11/11/2021, 19h08
Duração de áudio: 04:31
Reprodução / TV Senado

Transcrição
LOC: A COMITIVA DO SENADO QUE PARTICIPOU DA COP-26 EM GLASGOW TEVE DESTAQUE EM DISCUSSÕES SOBRE MODELOS ECONÔMICOS SUSTENTÁEVIS E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE. LOC: SENADORES ESPERAM AGORA A DISCUSSÃO DE NOVOS PROJETOS NO CONGRESSO NACIONAL SOBRE OS TEMAS TRATADOS NA COP E O COMPROMISSO DO GOVERNO FEDERAL DE MUDANÇA NA POLÍTICA AMBIENTAL. REPÓRTER RODRIGO RESENDE. Senadores brasileiros que participaram da Cop-26, em Glasgow, na Escócia, defenderam novos modelos econômicos que permitam a sustentabilidade e também a compensação aos países que preservam a natureza. Foi o que defendeu, por exemplo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco: Rodrigo Pacheco -  Todo mundo, todo mundo sem exceção, todos os países tem responsabilidade em cada lugar do mundo onde houver florestas e nós temos a floresta amazônica no Brasil e outras outros biomas, outras florestas no país. Então todos os países têm responsabilidade com todos os países onde haja no mundo essas florestas pra serem preservadas independente se está ali no Brasil ou não, precisa da contribuição de todos os países, sobretudo desses países desenvolvidos que se valeram antecipadamente do proveito das suas atividades econômicas com algum sacrifício, em algum momento, ao meio ambiente. Jaques Wagner, do PT da Bahia, presidente da Comissão de Meio Ambiente, aprovou as mudanças nos objetivos do governo federal de preservação ambiental, com destaque para o aumento da porcentagem de 43 pra 50 por cento da não-emissão de gases de efeito estufa até 2030. Ainda assim o senador baiano afirmou que prefere ter cautela sobre o assunto: Jaques Wagner -  Eu quero saber se a mudança de fala vai corresponder a uma mudança de atitude, ou seja, uma mudança objetiva na política ambiental no Brasil O senador Giordano, do MDB de São Paulo, saudou o governo pelos novos compromissos e acordos assinados na COP: Giordano - O governo brasileiro manifestou seu apoio a declaração internacional de líderes mundiais para preservar as florestas, reduzir o desmatamento e a degradação dos solos até dois mil e trinta. Muito importante. Durante a COP foram apresentados relatórios da Comissão de Meio Ambiente do Senado relacionados a política brasileira para o Clima. Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, que fez um desses relatórios, lamentou o atual momento do setor no país: Eliziane - A gente teve uma paralisação do ponto de vista orçamentário e uma diminuição em alguns programas. Sobretudo aqueles que tratam da questão da fiscalização e controle O senador Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, afirmou que os parlamentares, depois da COP, têm um dever de casa: Contarato -  Se a fala vai ser só no discurso aqui na Cop ou se nós vamos pra casa, voltar ao Brasil com dever de casa a ser cumprido e o dever de casa é arquivar esses projetos que são verdadeiros ataques àquele direito constitucional expresso no artigo duzentos e vinte e cinco quando está taxativamente explícito que todos tenham direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, o senador Acyr Gurgacz, do PDT de Rondônia, destacou que a conferência foi um momento para mostrar que diversas atividades no Brasil já são sustentáveis: Acyr - Defendendo que a nossa indústria é uma indústria limpa, a nossa agricultura é uma agricultura de sustentabilidade e principalmente a nossa energia, a nossa energia é uma energia limpa. Isso tudo nós sabemos, mas as pessoas fora do Brasil não sabem. A posição é defendida pela senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, presidente da Comissão de Relações Exteriores: Kátia -  Nós temos que estar atento para essas regras para que elas não prejudiquem o funcionamento da atividade econômica no país. Tem que preservar o meio ambiente? Claro! Mas nós precisamos continuar trabalhando nesse país. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ressaltou que, em resumo, é necessário incentivo econômico para se manter as florestas em pé, e esse deve ser um tema pensado nas discussões envolvendo sustentabilidade: Rodrigo Pacheco -  Essas pessoas, talvez a maioria, tenham problemas básicos de fome, de miséria, de pouca inclusão, de dificuldades, então quando vê uma árvore em pé o raciocínio dela diz que se derrubar a árvore ela vai ter meio de subsistência. A partir do momento que ela tiver meio de subsistência e entender que a árvore em pé ela é mais valiosa do que a árvore deitada, que há um mecanismo e um programa de controle nesse sentido, não há dúvida alguma que nós vamos conter de maneira inteligente na raiz, na base, com o apoio da sociedade que já tem a consciência, a solução definitiva desse problema no Brasil. O Egito será a sede da COP 27, que acontecerá entre os dias 7 e 18 de novembro de 2022. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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