Sessão para eleição do presidente do Senado teve repetição de votação e desistência de candidatos — Rádio Senado
56ª Legislatura

Sessão para eleição do presidente do Senado teve repetição de votação e desistência de candidatos

A sessão preparatória que elegeu Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidente do Senado começou com a leitura da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, sobre voto secreto. E teve também reviravoltas, como a desistência de candidaturas e a repetição da votação. Saiba como foi a sessão, que teve duração de quase nove horas, na reportagem de Maurício de Santi.

02/02/2019, 19h55 - ATUALIZADO EM 02/02/2019, 19h55
Duração de áudio: 01:59
Plenário do Senado durante segunda reunião preparatória destinada à eleição do presidente do Senado Federal para 56ª Legislatura.

À mesa, presidente da Sessão, senador José Maranhão (MDB-PB), conduz processo de votação.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A SESSÃO PREPARATÓRIA QUE ELEGEU DAVI ALCOLUMBRE PRESIDENTE DO SENADO COMEÇOU COM A LEITURA DA DECISÃO JUDICIAL DO MINISTRO DIAS TOFFOLI SOBRE VOTO SECRETO. LOC: E TEVE TAMBÉM REVIRAVOLTAS, COMO A DESISTÊNCIA DE CANDIDATURAS E A REPETIÇÃO DA VOTAÇÃO. SAIBA COMO FOI A SESSÃO NA REPORTAGEM DE MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) A sessão para escolher o presidente do Senado durou quase nove horas e foi aberta com a leitura da decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que assegurou a votação secreta, como manda o regimento interno. O texto, que foi lido na íntegra pelo senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, destaca que o sigilo é uma forma de assegurar a independência entre os Poderes: (Fernando Bezerra Coelho) Essa atuação, portanto, deve ser resguardada de qualquer influência externa, especialmente da interferência entre Poderes. (Repórter) Os senadores decidiram que a votação seria em cédula de papel e não na urna eletrônica que já havia sido preparada para a eleição. Os parlamentares, então, foram chamados para votar nominalmente, na ordem de criação dos estados, e depositaram os votos numa urna de madeira. Mas essa primeira votação foi anulada porque havia 82 votos, um a mais que o total de senadores. O processo foi reiniciado com um novo chamamento. E o PSDB decidiu abrir os votos do partido, como anunciou o senador tucano Roberto Rocha, do Maranhão. Foi aí que o senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, desistiu da disputa: (Renan Calheiros) repete a votação para abrir os votos do PSDB, do PSL, contra a decisão do Supremo Tribunal Federal. Numa democracia onde o Senado não tem o que fazer, onde uma decisão do Supremo Tribunal Federal é descumprida, por favor! (Repórter) Já o líder do PSL, senador Major Olímpio, de São Paulo, que também desistiu da candidatura à presidência do Senado, disse que passada a votação os ânimos vão voltar ao normal: (Major Olímpio) O embate foi muito duro, mas eu tenho certeza que logo mais à frente, fazendo uma reflexão, rancores são muito menores que a necessidade de hoje do povo brasileiro. (Repórter) O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que, no que depender dele, essa foi a última vez que a eleição para o comando da Casa se deu por voto secreto.

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