Movimento por reforma tributária solidária é elogiado em Plenário por Paulo Paim — Rádio Senado

Movimento por reforma tributária solidária é elogiado em Plenário por Paulo Paim

O senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou em plenário o Movimento “Reforma Tributária Solidária: Menos Desigualdade, Mais Brasil”. A iniciativa da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) defende um aumento da carga tributária direta, cobrada sobre renda e propriedade, e redução da indireta, ou seja, sobre mercadorias, bens e serviços. Para Paim é preciso, ainda, reavaliar as renúncias fiscais, que podem chegar a até 5% do PIB nacional. A reportagem é de Marcella Cunha, da Rádio Senado.

11/06/2018, 18h15 - ATUALIZADO EM 11/06/2018, 18h15
Duração de áudio: 02:04
Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa. 

Em discurso, à tribuna, senador Paulo Paim (PT-RS).

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADOR PAULO PAIM DESTACOU EM PLENÁRIO MOVIMENTO QUE DEFENDE SISTEMA TRIBUTÁRIO PROGRESSIVO. LOC: O OBJETIVO É DIMINUIR AS DESIGUALDADES SOCIAIS AUMENTANDO A COBRANÇA DE IMPOSTOS SOBRE RENDA E PROPRIEDADES E DIMINUINDO A CARGA DE MERCADORIAS E SERVIÇOS. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA. TÉC: O Movimento “Reforma Tributária Solidária: Menos Desigualdade, Mais Brasil” é uma iniciativa da Anfip, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, e da Fenafisco, a Federação Nacional do Fisco Estadual. O documento defende a construção de um sistema tributário que promova o desenvolvimento com igualdade social e foi elogiado em plenário pelo senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. (Paulo Paim) “Desde o período em que estou aqui no Congresso, muitas vezes eu ouvi falar em reforma tributária, ouvi falar em Pacto Federativo, mas, de forma real, nada acontece. Porque uma reforma tributária significa que você deve apontar caminhos para que aqueles que são mais pobres, da classe média para baixo, os que mais sofrem, os que estão na miséria absoluta, os que passam fome sejam contemplados.” (Repórter) Para Paim, a simplificação sozinha não seria capaz de enfrentar as anomalias crônicas do sistema tributário. O movimento defende a cobrança progressiva, com aumento da carga tributária direta, cobrada sobre renda e propriedade, e redução da indireta, ou seja, sobre mercadorias, bens e serviços. Os auditores sugerem ainda a ampliação da tributação ambiental, a revisão do sistema de partilha da arrecadação entre os estados e uma reavaliação das renúncias fiscais. Paulo Paim apresentou dados do Ministério da Fazenda que mostram que o total das desonerações federais subiu de 116 bilhões em 2009 para 282 bilhões em 2015, chegando a quase 5% do PIB. (Paulo Paim) “As renúncias fiscais superam o total de gasto da União com saúde, educação, assistência social, transporte e ciência e tecnologia. Isso é gravíssimo. Mais demos anistia do que investimos nessas áreas.” (Repórter) O Movimento também prega o enfrentamento da sonegação e o controle da evasão fiscal através da administração tributária. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

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