Ex-presidente da Caixa nega relação eleitoral para empréstimos à JBS — Rádio Senado
CPMI da JBS

Ex-presidente da Caixa nega relação eleitoral para empréstimos à JBS

10/10/2017, 14h26 - ATUALIZADO EM 10/10/2017, 14h29
Duração de áudio: 02:57
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS (CPMI-JBS) ouve ex-diretora da Caixa Econômica Federal (CEF).

Mesa:
relator parcial de contratos da CPMI-JBS, deputado Delegado Francischini (SD-PR);
presidente da CPMI da JBS, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO);
ex-chefe de Departamento de Investimentos da BNDESPAR, José Cláudio Rego Aranha;
advogado, Rafael Fagundes.   

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: EX-PRESIDENTE DA CAIXA ECONÔMICA AFIRMOU QUE NÃO RECEBEU PRESSÕES PARA LIBERAR MAIS DE UM BILHÃO DE REAIS EM EMPRÉSTIMOS PARA A JBS. LOC: O RELATOR DA CPI MISTA ESTRANHOU A PROXIMIDADE DE DATAS ENTRE OS EMPRÉSTIMOS E AS ELEIÇÕES DE 2010. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Maria Fernanda Coelho, presidente da Caixa Econômica Federal entre 2006 e 2011, foi ouvida pela CPI Mista logo no início da reunião. Ela explicou que durante o período em que foi presidente, a instituição fez três empréstimos para capital de giro da JBS. A soma chegou a um bilhão e 250 milhões de reais e já foi quitada. Segundo Maria Fernanda os empréstimos da Caixa são aprovados após análise rigorosa de um colegiado. O deputado Delegado Franceschini, do Partido Solidariedade do Paraná, serviu como relator durante a reunião. Ele estranhou a proximidade de datas entre parte dos empréstimos e as eleições presidenciais de 2010. (Delegado Franceschini) A presidência ficou alheia a qualquer tipo de lobby, de pedido da presidência da República, ou do Ministério da Fazenda ou do BNDES que a Caixa Econômica teria que fazer esses empréstimos? (Repórter) Maria Fernanda não soube dizer se houve algum outro empréstimo da Caixa de um bilhão de reais durante o período em que foi presidente. E negou que tenha havido pressões políticas para que a presidência interferisse na aprovação dos empréstimos para a JBS. (Maria Fernanda) Não houve qualquer demanda nem quaisquer contatos por parte da Fazenda ou por parte de alguém que tenha vindo comentar ou falar acerca dessa operação. Essa operação seguiu seu trâmite normal. (Repórter) Outro depoente na CPI mista foi José Cláudio Aranha, chefe da Área de Mercado de Capitais no BNDES entre 2005 a 2008. Embora também tenha sido conselheiro de administração da JBS entre 2007 e 2008, afirmou que não tinha capacidade para decidir sobre os empréstimos do BNDES para a empresa. Ele admitiu que teve encontros com Joseley Batista, mas negou ter cometido qualquer ilícito. O senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, lamentou que os empréstimos do BNDES para a JBS criaram um monopólio da produção e comercialização de produtos pecuários no país. (Ataídes Oliveira) Essa grande catástrofe envolvendo o nosso banco público, o BNDES e também o BNDESpar, com esses irmãos Batista se deu evidentemente pelo fato do Brasil ter se tornado sócio desses irmãos. (Repórter) O senador Ataídes Oliveira pediu a quebra do sigilo bancário do depoente.

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