Representantes da indústria e comércio criticam MP que acaba com a desoneração da folha de pagamento — Rádio Senado
MP 774

Representantes da indústria e comércio criticam MP que acaba com a desoneração da folha de pagamento

06/06/2017, 18h30 - ATUALIZADO EM 06/06/2017, 18h39
Duração de áudio: 02:05
Comissão Mista da Medida Provisoria CMMPV 774/2017 realiza audiência pública interativa sobre a MP, que dispõe sobre a contribuição previdenciária sobre a receita bruta. Entre os convidados estão representantes do Dieese e da CNI.

Mesa: 
presidente da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), Cássio Rocha de Azevedo;
presidente da Associação da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Fernando Valente Pimentel;
relator da CMMPV774/2017,  senador Airton Sandoval (PMDB-SP);
presidente da CMMPV774/2017, deputado Pedro Vilela (PSDB-AL);
diretor do Departamento Jurídico da FIESP, Helcio Honda;
presidente-executivo da Brasscom, Sérgio Paulo Gallindo;
superintendente da ABIMO, Paulo Henrique Fraccaro.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: REPRESENTANTES DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO CRITICAM MP QUE EXCLUI ESSES SETORES DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO. LOC: O SENADOR AIRTON SANDOVAL, DO PMDB DE SÃO PAULO, DEVE APRESENTAR O RELATÓRIO A PARTIR DO DIA 13, COMO INFORMA A REPÓRTER REBECA LIGABUE. (Repórter) A medida provisória 774 de 2017 determina que vários setores da economia voltem a contribuir sobre a folha de pagamento, com alíquota de 20%. Serão atingidos o comércio varejista, empresas da área de tecnologia da informação, setor hoteleiro, entre outros. Ficam de fora e continuam a pagar entre 1,5% e 4,5% os setores de transporte coletivo, obras de infraestrutura, construção civil e empresas jornalísticas. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel, sustentou que a MP prejudica a produção e gera desemprego a longo prazo. ( Fernando Pimentel) Ela vai onerar as indústrias, provocando possibilidade de repasse nos preços na ordem de 3% a 4%, coisa que é dificílima no cenário atual de consumo e, consequentemente, na medida que piore as condições operacionais, ela vai em última análise gerar desemprego, então, ao invés de o governo arrecadar mais, ele vai arrecadar menos. (Repórter) Para o representante da Associação Brasileira de Telesserviços, Cássio Azevedo, não é justo que alguns setores sejam preservados e outros não. (Cássio Azevedo) Nosso setor talvez tenha sido esquecido, quer dizer, um setor de 1,5 milhão de pessoas, foi esquecido, enquanto foi colocado, muito claramente, que outros setores ainda permanecem com a desoneração firme. (Repórter) Hélcio Honda, representante da Fiesp, afirmou que a medida também deve gerar um impacto negativo nos contratos de exportação. (Hélcio Hond) Nosso discurso é em favor do emprego, em favor da competitividade da indústria brasileira. A equação é muito simples: quanto menos tributos nós temos, mais fácil de nós ganharmos os mercados, mais fácil então você ter a economia girando. (Repórter) Os convidados também criticaram o fato de a cobrança ser imposta a partir de julho, o que, segundo eles, vai atrapalhar a execução de planejamentos feitos ainda no ano passado. O relator da MP na comissão mista, senador Airton Sandoval, do PMDB de São Paulo, adiou a apresentação do parecer para a próxima semana. MP 774/2017

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