Decisão do TSE de adiar julgamento da chapa Dilma-Temer repercutiu entre senadores — Rádio Senado
Justiça Eleitoral

Decisão do TSE de adiar julgamento da chapa Dilma-Temer repercutiu entre senadores

04/04/2017, 18h26 - ATUALIZADO EM 04/04/2017, 18h26
Duração de áudio: 02:20
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: A DECISÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL DE ADIAR O JULGAMENTO DA CHAPA DILMA-TEMER REPERCUTIU ENTRE OS SENADORES. LOC: SERÁ REABERTA A ETAPA DE COLETA DE PROVAS E OUVIDOS OS DEPOIMENTOS DE NOVAS TESTEMUNHAS, COMO JOÃO SANTANA E GUIDO MANTEGA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que será necessário ouvir quatro novas testemunhas, antes do julgamento final do processo de cassação da chapa Dilma-Temer, que venceu as eleições de 2014. A pedido da defesa de Dilma Rousseff, serão ouvidos o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, e os marqueteiros João Santana, Mônica Moura e André Santana. Também foi concedido o prazo de cinco dias para os advogados de defesa das partes se manifestarem sobre as alegações de corrupção na campanha presidencial. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, disse que vê o adiamento com preocupação. Para ele, o ideal é que a votação ocorresse o mais rápido possível. (Humberto) “Pode ser que a presidenta considere, ou sua defesa considere, que não tenha tido tempo necessário para apresentar todas a suas razões, mas eu entendo que o processo é cristalino. Não há comprovação de qualquer tipo de irregularidade ou crime eleitoral. Portanto, os juízes já tem condição de votar e aprovar essas contas.” (REP) Humberto Costa defendeu que as contas da campanha de 2014 já foram aprovadas, com algumas ressalvas, e que até agora não se constatou nenhuma irregularidade. Já o senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, elogiou a decisão do TSE e disse que o novo prazo não prejudicará o andamento da ação. (Agripino) “Acho que foi um gesto de sensatez em que nada compromete o rito da investigação. Cinco dias a mais não criam nenhum embaraço ao processo, não significa procrastinação. E acho que o TSE acertou ao deliberar pelo elastecimento, com cinco dias a mais de prazo, para as alegações finais.” (REP) Se Michel Temer for cassado, ele terá seus direitos políticos suspensos por oito anos e terá que deixar a presidência. Não há previsão de quando os sete ministros do TSE vão se reunir para decidir sobre a ação, já que o presidente do TSE, Gilmar Mendes, tem uma série de viagens internacionais agendadas. Além disso, nos próximos dias, dois ministros da corte terão seus mandatos encerrados, sendo substituídos por indicados pelo Presidente da República.

Ao vivo
00:0000:00