Instituição Fiscal Independente prevê crescimento de 0,5% em 2017 — Rádio Senado
Economia

Instituição Fiscal Independente prevê crescimento de 0,5% em 2017

A economia brasileira deve terminar o ano com um crescimento de 0,5% no PIB, inflação de 4,5% e a Taxa Selic de 9%. As previsões foram anunciadas nesta terça-feira em relatório da Instituição Fiscal Independente, criada para assessorar o Poder Legislativo e divulgar mensalmente um relatório sobre os principais indicadores fiscais e econômicos do país. O texto ainda aponta um décifit público de R$ 182 bilhões. O diretor da entidade defendeu a Reforma da Previdência para equilibrar as contas públicas.

02/02/2017, 12h49 - ATUALIZADO EM 02/02/2017, 13h58
Duração de áudio: 02:18
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A ECONOMIA BRASILEIRA DEVE TERMINAR O ANO COM UM CRESCIMENTO DE MEIO POR CENTO NO PIB, INFLAÇÃO DE QUATRO E MEIO POR CENTO E A TAXA SELIC DE 9 POR CENTO. AS PREVISÕES FORAM ANUNCIADAS NESTA TERÇA-FEIRA EM RELATÓRIO DA INSTITUIÇÃO FISCAL INDEPENDENTE. LOC: O TEXTO AINDA APONTA UM DÉCIFIT PÚBLICO DE 182 BILHÕES DE REAIS. O DIRETOR DA ENTIDADE DEFENDEU A REFORMA DA PREVIDÊNCIA PARA EQUILIBRAR AS CONTAS PÚBLICAS. REPÓRTER GEOREG CARDIM. (Repórter) O primeiro relatório divulgado pela Instituição Fiscal Independente traz um retrato das contas do governo desde 2014 e faz previsões sobre a trajetória da economia até 2021. Entre outros pontos, o balanço aponta para este ano um crescimento de meio por cento do PIB, que são todas as riquezas produzidas no país, inflação de quatro e meio por cento e uma taxa básica de juros, a Selic, de 9 por cento ao ano. A dívida do governo deve fechar 2017 em 70 por cento do PIB, chegando a 85 por cento do PIB nos próximos cinco anos. Segundo o diretor executivo da entidade, Felipe Salto, a trajetória seria ainda pior, e poderia alcançar toda a riqueza produzida no país se não tivesse sido promulgada a emenda constitucional que limita os gastos do governo pelos próximos 20 anos. Salto também apontou que o governo deve fazer um contingenciamento extra de quase quarenta bilhões de reais para cumprir a meta fiscal neste ano. Isso porque a instituição prevê um déficit público primário de 182 bilhões de reais, contra os 143 bilhões de reais previstos no Orçamento. Para permitir uma gradual recuperação da economia e o equilíbrio das contas públicas, Felipe Salto defendeu a aprovação da reforma da Previdência. (Felipe Salto) “Nossa avaliação está muito mais do lado do gasto. A reforma da Previdência, a PEC 287, ela tem que ser a prioridade das prioridades. O parlamento precisa entender que ela é muito mais importante do que a regra do teto. Sem a reforma da Previdência vai ser muito difícil cumprir a regra do teto” (Repórter) A Instituição Fiscal Independente foi criada para assessorar o Poder Legislativo e deve divulgar mensalmente um relatório sobre os principais indicadores fiscais e econômicos. O órgão ainda deve elaborar notas técnicas e opinar sobre projetos de lei e medidas do governo. Da Rádio Senado, George Cardim.

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