Oposição defende antecipação das eleições para presidência da República
Transcrição
LOC: SENADORES DE OPOSIÇÃO DEFENDEM, EM PLENÁRIO, A ANTECIPAÇÃO DAS ELEIÇÕES PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
LOC: JÁ A BASE DE APOIO AO GOVERNO ESPERA QUE A DELAÇÃO DA ODEBRECHT NÃO PARALISE O PARLAMENTO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
(Repórter) A delação do ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, com acusações contra políticos, ministros e até o presidente da República Michel Temer, aliada à baixa popularidade do atual governo, levaram a Oposição o ocupar a tribuna do Senado para pedir a antecipação das eleições presidenciais, marcadas para outubro de 2018. Para o senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, esse é o único caminho para a superação da crise política:
(Roberto Requião) O povo reassumindo o poder, e um governo que atenda os interesses da população e não os interesses de empreiteiras, de financeiras e de banqueiros que, sem a menor sombra de dúvida, dominam hoje o Congresso e o Governo.
(Repórter) A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, tem a mesma opinião:
(Vanessa Grazziotin) não há outro caminho de superação da crise que não passe por eleições, que não passe pela nova escolha democrática de um novo dirigente desse País.
(Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, defendeu que as eleições antecipadas sejam também para o Congresso Nacional, governos estaduais e Assembleias Legislativas. Já o senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, partido que faz parte da base do governo, lembrou que os fatos relatados pelo ex-diretor da Odebrecht aconteceram durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff:
(Ricardo Ferraço) Todos esses fatos que estão relacionados nessa delação premiada aconteceram diante dos olhos do governo da ex-Presidente Dilma. Não foram fatos, nem atos cometidos durante o atual Governo.
(Repórter) E o senador Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, torce para que a delação da Odebrecht não paralise o Congresso Nacional:
(Eduardo Braga) Eu espero que as instituições continuem funcionando e que o Congresso funcione porque é importante para o país, é importante para os trabalhadores, é importante para a economia, é importante para o governo que nós estejamos em 2017 vivendo um novo momento de execução orçamentária no Governo Federal e um novo momento de controle do ajuste fiscal no país.
(Repórter) Eduardo Braga é relator do Orçamento de 2017, que ele espera ver aprovado ainda nesta semana.