Raupp defende que ferrovia bioceânica transporte tanto carga quanto passageiros
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LOC: UMA DAS QUESTÕES CENTRAIS PARA A CONSTRUÇÃO DA FERROVIA BIOCEÂNICA, QUE VAI LIGAR O BRASIL AO PERU, É A DEFINIÇÃO DE QUE POSSA TRANSPORTAR CARGAS E PASSAGEIROS.
LOC: PARA O SENADOR VALDIR DAUPP, DO PMDB DE RONDÔNIA, PERDER A OPORTUNIDADE DE TER UM SISTEMA MISTO SERIA DESPERDIÇAR UMA OPORTUNIDADE ÚNICA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) Já orçada em 10 bilhões de dólares, a Ferrovia Bioceânica tem previsão de 4 mil quilômetros de extensão apenas em solo brasileiro. O sistema promete interligar os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre aos portos do Peru e, de lá, aos da China. O governo asiático tem grande interesse na construção, pois possibilitaria o escoamento dos produtos agrícolas brasileiros aos portos do Pacífico. O senador Valdir Raupp, do PMDB de Rondônia, defende que a futura ferrovia tenha uso misto, transportando não apenas cargas, mas também passageiros, como é padrão nos países desenvolvidos.
(Valdir Raupp) Eu acredito que a exemplo da grande maioria das ferrovias mundo afora, deveria ser mista. Construir uma ferrovia desta dimensão, ligando dois oceanos, oceano Atlântico a oceano Pacífico, ferrovia bi-oceânica. Claro que alguns trechos já estão prontos, tanto do lado brasileiro como do lado peruano, então faltando esse trecho do Mato Grosso, Rondônia, Acre, ligando até o Peru. É uma obra gigantesca.
(Repórter) Países como os Estados Unidos, a Rússia e o Canadá, por exemplo, são totalmente interligados por ferrovias de uso misto. O próprio Brasil passou por um período de desenvolvimento desse tipo, com ferrovias do gênero em Minas Gerais e São Paulo. Raupp lembrou a visita do presidente americano Barack Obama à China e do reconhecimento a esse tipo de transporte:
(Valdir Raupp) Todo país desenvolvido, porque no passado investiu em ferrovias. Por que a China está virando uma superpotência mundial? O próprio Barack Obama quando esteve na China recentemente, falou que a China fez uma revolução silenciosa que hoje que o mundo está descobrindo. Lá tem trem de cargas, trem de passageiros pra tudo que é lugar na China e de alta velocidade, modernos. Copiaram do Japão, copiaram da Alemanha, dos Estados unidos e hoje são uma potência mundial na área de ferrovia. O Brasil precisa muito rápido entrar também nessa era das ferrovias.
(Repórter) A negociação do governo brasileiro com os chineses para construção da Bioceânica ainda está em fase inicial. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.