CDH aprova sugestão de Jovem Senador para exigir prova prática em concurso para professor

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS APROVOU UMA SUGESTÃO QUE MODIFICA A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO.
LOC: A PROPOSTA, QUE TEVE ORIGEM NO PROGRAMA JOVEM SENADOR, PREVÊ PROVA PRÁTICA PARA OS PROFESSORES APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO. REPÓRTER PAULA GROBA.
TÉC: A proposta modifica o artigo 67 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação para determinar que o ingresso de professores na rede pública seja feito mediante concurso público com prova prática. Atualmente, a Lei só exige que o professor ingresse no ensino público por meio de concurso e prova de títulos, sem a necessidade de exame prático. A sugestão ainda estabelece que, sempre que possível, os professores devem cumprir a jornada de trabalho em um mesmo estabelecimento de ensino ao longo da carreira. Na justificação apresentada por três Jovens Senadores, eles apontam deficiências na qualidade do ensino no país. A proposta recebeu parecer favorável da relatora na Comissão de Direitos Humanos, senadora Regina Sousa, do PT do Piauí. Na avaliação dela, as modificações refletem carências percebidas nas salas de aula: as faltas de vínculo professor/aluno e de didática de alguns docentes.
(REGINA) O professor precisa ter vínculo com a escola. O professor que só vai dar uma aula e vai embora ele não conhece nem os seus alunos, não sabe o nome, não cria laços com os professores, com os funcionários da escola, então isso é uma proposta que eu defendo muito. Eu sinto que foi uma dificuldade que eles também sentiram de métodos e técnicas na sala de aula. Eu tenho dito muito que os nossos cursos de licenciatura não ensinam a ensinar. Eu acho que a prova prática é o caminho natural.
(Paula) Especialista em didática, a pedagoga Otília Dantas, professora da Universidade de Brasília, lembra que provas práticas já são obrigatórias nos concursos para professores de universidades públicas e a mesma exigência deveria ser feita para o ensino fundamental e médio.
(OTÍLIA) Pra que eu possa desenvolver de uma forma consciente e pedagogicamente correta o meu trabalho do ensino. Eu tenho também que conhecer as diversas maneiras e diversos estilos de aprender dos meus alunos. Pra que com isso se case ensino com aprendizagem, porque se não houver aprendizagem não adianta nada o que eu faço como professora do ponto de vista do ensino.
(Paula) A sugestão aprovada passa a ser analisada pelo Senado como um projeto de lei da Comissão de Direitos Humanos. Da Rádio Senado, Paula Groba.
SUGESTÃO 4/2013