Plenário aprova estágio obrigatório para estudantes que recebem bolsas federais — Rádio Senado
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Plenário aprova estágio obrigatório para estudantes que recebem bolsas federais

11/11/2015, 20h39 - ATUALIZADO EM 11/11/2015, 20h39
Duração de áudio: 01:54
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU A OBRIGAÇÃO PARA QUE ESTUDANTES QUE RECEBAM BOLSAS FEDERAIS ESTAGIEM EM ESCOLAS DO ENSINO BÁSICO. LOC: A PROPOSTA SEGUE AGORA PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS, COMO INFORMA O REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) O objetivo do projeto do senador Cristovam Buarque é despertar desde cedo o interesse das crianças por ciências. O senador do PDT do Distrito Federal lembra que os jovens são expostos a todo tipo de informação sobre artistas, músicos e jogadores de futebol, mas não têm oportunidade de conhecer nenhum cientista brasileiro. A ideia dele é aproveitar o enorme contingente de alunos universitários que recebem bolsas do governo federal – como os beneficiários do Prouni, do Ciência sem Fronteiras, da Capes e do CNPq – para criar nos jovens o gosto pela ciência e pelo mundo acadêmico. A proposta determina que os estudantes universitários que receberem bolsas de estudo mantidas com recursos federais prestem serviços de formação e informação científicas e educacionais em escolas públicas do ensino básico. O estágio obrigatório deve ser de quatro horas por semana e durar enquanto o aluno receber a bolsa; no caso de bolsistas que estudam no exterior, o compromisso fica para quando retornarem ao Brasil. A relatora, senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, lembrou que o projeto aumenta o retorno do investimento para a sociedade. (Ana Amélia) Atuar num projeto de pesquisa ou morar no exterior e frequentar uma universidade de ponta são experiências que enriquecem o currículo do estudante e permitem que ele tenha acesso a conhecimentos científicos e tecnológicos muito avançados. A proposição em exame vai muito além da mera expectativa do retorno individual para os beneficiários desses programas. O projeto alia a expectativa de formação de capital humano com o retorno de curto e médio prazos para a sociedade, sob a forma de prestação de serviços por parte dos estudantes nas escolas públicas do País. (Repórter) Não terão que prestar o serviço os alunos que recebem bolsas para formação de professores ou que já estagiem em escolas públicas. O governo federal deve definir anualmente o número de bolsistas participantes, a forma de prestação de serviços e o acompanhamento das atividades. As redes estaduais e municipais de ensino interessadas no programa deverão apresentar projetos de parceria.

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