Senadores querem prioridade na discussão da Reforma Política este ano — Rádio Senado

Senadores querem prioridade na discussão da Reforma Política este ano

LOC: A REFORMA POLÍTICA ESTÁ ENTRE OS ASSUNTOS QUE OS SENADORES QUEREM DEBATER ESTE ANO. E JÁ ESTÁ MARCADA PARA MARÇO A VOTAÇÃO DE PROPOSTAS SOBRE O TEMA 

LOC: O PRESIDENTE DO SENADO, RENAN CALHEIROS, NO DISCURSO APÓS SUA REELEIÇÃO, AFIRMOU QUE A PRIORIDADE DO SEU NOVO MANDATO É TRABALHAR PELO CONSENSO E VOTAR A REFORMA POLÍTICA. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES: 

TÉC: Após sua reeleição à presidência do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, disse discordar da intenção do governo de realizar plebiscito para tratar de pontos da reforma política. Para ele, a mudança nas normas eleitorais deve, primeiro, ser aprovada no Congresso Nacional e, depois, submetida a referendo popular. Durante a cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff, Renan Calheiros já havia ressaltado a necessidade de discutir a reforma política em 2015. 

(RENAN) Temos obrigação de fazê-la. Ela não pode seguir sendo uma unanimidade estática, onde todos são favoráveis, mas não avança um milímetro sequer. Por sua complexidade e por se tratar de uma prerrogativa do Legislativo, é recomendável que o Congresso Nacional faça a reforma. 

(Repórter): Os senadores também ressaltaram a necessidade de discutir o tema esse ano. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, também defende a discussão da reforma política no Parlamento. Para ele, temas como financiamento público de campanha, fidelidade partidária e a modernização do sistema eleitoral já podem ser votados. 

(HUMBERTO) O Governo tem um papel, mas a responsabilidade maior é do Congresso Nacional. Precisamos, rapidamente, estabelecer um mínimo de um entendimento em termos de alguns pontos da reforma política e, aí, nós podemos votar rapidamente. 

(Repórter): E na opinião do senador José Serra, do PSDB de São Paulo, o Congresso já poderia aprovar o voto distrital, que segundo ele, vai contribuir para diminuir gastos de campanha. 

(SERRA) Vamos entrar rapidamente na aprovação do voto distrital. Não dá para aprovar para deputados: não passaria pela Câmara. Mas dá para vereadores. Esse seria um avanço imenso no Brasil. Até pra diminuir gasto de campanha. Porque as grandes fortunas que custam as campanhas se devem a duas questões: o horário gratuito, caríssimo, do jeito que é hoje, e o sistema eleitoral que prevalece hoje, que encarece tudo. 

(Repórter): Ao abrir os trabalhos legislativos nesta segunda-feira, o presidente Renan Calheiros lembrou que a reforma política vem sendo discutida há 12 anos no Congresso Nacional.
02/02/2015, 06h37 - ATUALIZADO EM 02/02/2015, 06h37
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