Senadores divergem sobre convocação do Procurador-Geral da República — Rádio Senado

Senadores divergem sobre convocação do Procurador-Geral da República

LOC: O SENADOR FERNANDO COLLOR COBROU A CONVOCAÇÃO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA ROBERTO GURGEL PARA DEPÔR NA CPI MISTA DO CACHOEIRA.

LOC: O LÍDER DO PSDB, POR OUTRO LADO, ASSEGUROU QUE É INCONSTITUCIONAL O DEPOIMENTO DO PROCURADOR. A REPORTAGEM É DE LARISSA BORTONI.

(REPÓRTER) O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, disse considerar importante que o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, deponha na CPI, uma vez que o Ministério Público detêm todo histórico do caso Cachoeira. Collor disse não entender o porquê de tanta resistência ao depoimento de Gurgel, ainda mais após a revelação de que o procurador geral decidiu, em 2009 não abrir inquérito para investigar o envolvimento de parlamentares com o esquema de Carlinhos Cachoeira.

(FERNANDO COLLOR) Agora, mais do que nunca, torna-se imprescindível sua presença na comissão. Diferentemente de seu futuro papel e atuação junto ao Supremo Tribunal Federal, em que ele é substituível, aqui na CPMI o procurador-geral é insubstituível para prestar, pessoalmente, seu depoimento, suas alegações. 

(REPÓRTER) Mas, para o líder do PSDB, o senador Alvaro Dias, do estado do Paraná, há impedimentos constitucionais que impedem o depoimento do procurador geral na CPI. Ainda segundo o senador do Paraná, há outros interesses na convocação de Roberto Gurgel.

(ALVARO DIAS) Vamos combater as tentativas de convocação do Ministério Público para depor na comissão parlamentar de inquérito, porque cabe a ele, representado pela autoridade maior, que é o procurador geral da República ser o advogado de acusação no julgamento histórico do mensalão, prestes a ocorrer.

(REPÓRTER) Outro tema polêmico que aguarda os participantes da CPI do Cachoeira é a convocação de um dos redatores-chefe da revista Veja. O senador Fernando Collor cobrou que Policarpo Júnior seja ouvido.

(FERNANDO COLLOR) O Sr. Policarpo Júnior mantém há quase uma década estreita ligação com o Sr. Carlinhos Cachoeira. E esta não é a primeira vez. E bom lembrar que esse confrade, sempre a serviço de seu veículo, depôs, em 22 de janeiro de 2005, como testemunha do Sr. Carlos Cachoeira.

(REPÓRTER) A CPI do Cachoeira se reúne na quinta-feira que vem para votar requerimentos e convocação de depoentes e de quebra de sigilos.

LOC: E NESTA TERÇA-FEIRA ESTÁ PREVISTO O DEPOIMENTO DE CARLOS CACHOEIRA, A PARTIR DAS DUAS HORAS DA TARDE.
14/05/2012, 05h40 - ATUALIZADO EM 14/05/2012, 05h40
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