Parlamentares defendem casamento igualitário como direito constitucional
LOC: SENADORES E DEPUTADOS DEFENDEM A INCLUSÃO, NA CONSTITUIÇÃO, DO DIREITO AO CASAMENTO PARA PESSOAS DO MESMO SEXO.
LOC: NESTA QUINTA-FEIRA, ELES OUVIRAM A EXPERIÊNCIA DA ARGENTINA NA APROVAÇÃO DO CHAMADO "CASAMENTO IGUALITÁRIO". A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA.
Garantir no Brasil o casamento igualitário, ou entre pessoas do mesmo sexo, pode viabilizar a aprovação do projeto que transforma em crime a homofobia, que é o preconceito e a violência contra homossexuais. Essa é a opinião de líderes da campanha que culminou na aprovação do casamento gay na Argentina, há um ano. O jornalista Bruno Bimbi, que participou do movimento, disse que o casamento igualitário e o combate à homofobia são duas bandeiras fundamentais para a garantia dos direitos da comunidade LGBT. Se for para dar prioridade a uma delas, ele deu a seguinte opinião. (BRUNO) Claro que a gente defende os dois. Mas eu acredito que a aprovação do casamento igualitário traz consequências culturais muitos mais fortes porque não é uma luta em que a gente está se colocando na defensiva, se defendendo dos ataques. A gente está, de alguma maneira, passando para a ofensiva, se colocando na defesa da igualdade plena perante a lei. (REPÓRTER) Bruno Bimbi foi um dos convidados de uma audiência pública promovida pelas comissões de Direitos Humanos do Senado e da Câmara. E a juíza argentina Gabriela Seijas, que deu uma sentença a favor do casamento gay antes da aprovação da lei naquele país, afirmou que o Estado deve ser o primeiro a dar o exemplo. (GABRIELA) Se o Estado deixa de discriminar, dá um exemplo para a sociedade; se o Estado respeita as decisões individuais das pessoas, incentiva uma ideia que passa para as universidades e para as famílias. (REPÓRTER) Em 1995, quando era deputada, a senadora Marta Suplicy, do PT de São Paulo, apresentou um projeto que previa a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Segundo ela, de lá para cá a Argentina avançou muito mais do que o Brasil na proteção dos direitos dos homossexuais. (MARTA) Há 16 anos atrás a Argentina parecia um país que nunca ia dar um passo nessa direção e que nós estávamos debatendo o tema já. Hoje nós vemos a Argentina com o casamento gay já estabelecido, sendo que nós, no Brasil, temos espancamento na Avenida Paulista. (REPÓRTER) O foco da audiência pública foi uma proposta do deputado Jean Wyllys, do PSOL do Rio de Janeiro, que inclui no texto constitucional a previsão do casamento civil entre homossexuais. E o projeto contra a homofobia já foi aprovado na Câmara e está há cinco anos em discussão no Senado.
LOC: NESTA QUINTA-FEIRA, ELES OUVIRAM A EXPERIÊNCIA DA ARGENTINA NA APROVAÇÃO DO CHAMADO "CASAMENTO IGUALITÁRIO". A REPORTAGEM É DE ADRIANO FARIA.
Garantir no Brasil o casamento igualitário, ou entre pessoas do mesmo sexo, pode viabilizar a aprovação do projeto que transforma em crime a homofobia, que é o preconceito e a violência contra homossexuais. Essa é a opinião de líderes da campanha que culminou na aprovação do casamento gay na Argentina, há um ano. O jornalista Bruno Bimbi, que participou do movimento, disse que o casamento igualitário e o combate à homofobia são duas bandeiras fundamentais para a garantia dos direitos da comunidade LGBT. Se for para dar prioridade a uma delas, ele deu a seguinte opinião. (BRUNO) Claro que a gente defende os dois. Mas eu acredito que a aprovação do casamento igualitário traz consequências culturais muitos mais fortes porque não é uma luta em que a gente está se colocando na defensiva, se defendendo dos ataques. A gente está, de alguma maneira, passando para a ofensiva, se colocando na defesa da igualdade plena perante a lei. (REPÓRTER) Bruno Bimbi foi um dos convidados de uma audiência pública promovida pelas comissões de Direitos Humanos do Senado e da Câmara. E a juíza argentina Gabriela Seijas, que deu uma sentença a favor do casamento gay antes da aprovação da lei naquele país, afirmou que o Estado deve ser o primeiro a dar o exemplo. (GABRIELA) Se o Estado deixa de discriminar, dá um exemplo para a sociedade; se o Estado respeita as decisões individuais das pessoas, incentiva uma ideia que passa para as universidades e para as famílias. (REPÓRTER) Em 1995, quando era deputada, a senadora Marta Suplicy, do PT de São Paulo, apresentou um projeto que previa a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Segundo ela, de lá para cá a Argentina avançou muito mais do que o Brasil na proteção dos direitos dos homossexuais. (MARTA) Há 16 anos atrás a Argentina parecia um país que nunca ia dar um passo nessa direção e que nós estávamos debatendo o tema já. Hoje nós vemos a Argentina com o casamento gay já estabelecido, sendo que nós, no Brasil, temos espancamento na Avenida Paulista. (REPÓRTER) O foco da audiência pública foi uma proposta do deputado Jean Wyllys, do PSOL do Rio de Janeiro, que inclui no texto constitucional a previsão do casamento civil entre homossexuais. E o projeto contra a homofobia já foi aprovado na Câmara e está há cinco anos em discussão no Senado.
