Secretaria que guarda a memória do Senado recebe homenagem pelos seus 50 anos

Da Agência Senado | 18/11/2022, 17h31

Em sessão especial nesta sexta-feira (18), o Senado homenageou os 50 anos da Secretaria de Gestão de Informação e Documentação (SGIDOC), setor responsável pela preservação da memória do Senado. A homenagem foi requerida pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que presidiu a sessão. Ele registrou que esta secretaria é responsável pelo Arquivo e pela Biblioteca do Senado, guardando grande parte da memória político-institucional do país.

A diretora da SGIDOC, Daliane Aparecida Silverio de Sousa, afirmou que a secretaria é fonte primária de informação confiável que subsidia tomadas de decisão por meio da informação e documentação.

— Somos a fonte de informação que apoia os trabalhos legislativos, por meio de notícias, bibliografias e bases de dados especializadas. Somos a cultura e o belo, que decora ambientes no Senado Federal, com obras imobiliárias de artistas renomados. Somos a proteção dos dados pessoais e também o acesso à informação. Somos os facilitadores da comunicação com autoridades de parlamentos estrangeiros por meio da tradução, da versão e da interpretação em diversos idiomas — acrescentou a diretora.

Daliane Aparecida Silverio de Sousa disse ainda que, na SGIDOC, há “riquíssimos acervos arquivísticos, bibliográficos e museológicos” e que boa parte deles podem ser acessados em qualquer parte do mundo pela internet.

— Temos uma equipe de colaboradores excepcional e, pela devida qualidade do serviço prestado por eles, nossas atividades são sempre reconhecidas, fazendo da SGIDOC uma secretaria de referência nacional para tantos outros órgãos. Nossos profissionais são extremamente qualificados, dedicados, comprometidos e apaixonados pelo que fazem. E essa mistura de adjetivos é que nos permite ser disruptivos, inovadores, ousados e agraciados com tanto reconhecimento — afirmou Daliane.

O senador Izalci opinou que, atualmente, a sociedade está a cada dia buscando mais fontes seguras e confiáveis de informações como a SGIDOC. Ele explicou que entre as atribuições da secretaria está planejar, coordenar, implantar e supervisionar as políticas de gestão da informação e documentação do Senado; as políticas de indexação, classificação, armazenamento, preservação e acesso à informação e documentos da Casa; e as políticas de conservação e preservação do patrimônio e da memória da instituição, além de atender às solicitações de pesquisas e recuperação de informações.

— Em um mundo que se transmuta intensa e permanentemente, o registro, o manejo e o compartilhamento das informações configuram tarefas extremamente desafiadoras para a administração pública. Temos nesta secretaria um acervo impressionante de documentos que nos conta, com seus personagens marcantes, a nossa história. Portanto, nada mais justo do que homenagear tantos quantos fizeram e fazem dessas missões a sua profissão de fé e delas se desincumbem com zelo, responsabilidade e desprendimento (...) São muitas as incumbências da secretaria, mas todas feitas com esmero, pela excelência de seus profissionais qualificados, experientes e cientes da importância do trabalho que realizam. São servidores de alto nível  — disse Izalci.

Cintia Mara Machado Ferreira da Costa, coordenadora da Biblioteca do Senado, afirmou que a biblioteca subsidia as múltiplas atividades do Senado.

— A história da biblioteca é intrínseca à história do Senado. A instituição, de quase 200 anos, já fez muita história aqui dentro, com a sua experiência, o seu acervo, o seu corpo técnico.Tudo que a biblioteca hoje faz no Parlamento incide nas decisões e a informação da biblioteca é imprescindível para essa tomada de decisão — registrou.

Ela também disse que a biblioteca presta valiosos serviços ao Parlamento brasileiro.

— Muitas são as metáforas que apontam a biblioteca como lugar privilegiado do conhecimento, da informação e da memória. Como parte da SGIDOC, que tem por missão a gestão da informação e documentação, apoiada pela Diretoria-Geral do Senado e parceira dos demais órgãos da Casa, a biblioteca atende ao Senado naquilo que lhe é próprio e prioritário: informação para a tomada de decisão. A biblioteca serve ao Parlamento, e o Parlamento serve à nação — acrescentou Cintia.

A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, afirmou que a SGIDOC completou “meio século de trabalho ininterrupto, virtuoso e extremamente qualificado”. Na avaliação dela, a missão da SGIDOC é guardar, organizar e fornecer informações essenciais que envolvem passado, presente e futuro da nação.

— Neste mundo em que a informação vale tudo e em que ela está tão disponível, é a SGIDOC que organiza essa informação, porque de nada adianta termos todas as informações do mundo se não temos condições de analisá-las e de utilizá-las — disse a diretora-geral do Senado.

Maciel Rodrigues Pereira, diretor em exercício da SGIDOC, disse que a secretaria foi criada há 50 anos como um dos pilares da modernização tecnológica do Senado Federal. Ele explicou que a secretaria também fornece informação para a elaboração de inúmeras proposições legislativas.

—  O Senado se tornou referência na área de informação e documentação, em função dos produtos e serviços ofertados à Casa e à sociedade, sempre participando da política informacional, atuando em eventos e organismos nacionais e internacionais da área de informação e documentação, acompanhando a história e a construção política de nosso país — disse Maciel Rodrigues Pereira.

Alan Silva, coordenador do Museu do Senado; lembrou que foi o então senador Itamar Franco (MG) quem, há 30 anos, criou o museu da Casa.

— Ele percebeu que, naquele momento, obras de arte se misturavam com materiais comuns, mobiliário histórico se misturava com materiais comuns e estavam sendo gradualmente sucateados. Então, a atividade de conservação do museu foi a primeira que norteou a possibilidade da nossa própria existência. Foi uma consciência lá atrás que disse: epa, precisamos preservar a nossa imagem, a nossa memória — disse Alan Silva.

Entre os itens históricos preservados, estão obras de artistas como Tomie Ohtake, Fayga Ostrower e Edith Behring; painel de Athos Bulcão; os lustres do Palácio Monroe; os originais da Lei Áurea e outros documentos abolicionistas; o original da Constituição de 1891; os originais das Fallas do Throno, que são os discursos dos imperadores; o original do livro de Debret sobre a viagem ao Brasil; e a obra "Novus Orbis", de 1633, o livro mais antigo entre as obras raras preservadas no Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)