Pacheco: se estivesse vivo, JK estaria defendendo a democracia

Da Agência Senado | 12/09/2022, 15h37

Ao participar de homenagem a Juscelino Kubitschek, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, voltou a fazer a defesa da democracia, das instituições públicas, do sistema eleitoral e das urnas eletrônicas a serem usadas nas eleições de outubro. O senador participou, nesta segunda-feira (12), de uma cerimônia de colocação de coroa de flores no túmulo do ex-presidente da República, no Memorial JK, em Brasília. 

Para Rodrigo Pacheco, se JK estivesse vivo, estaria ocupado trabalhando em prol da união nacional. Segundo o senador, todas as ações a serem implementadas em áreas importantes como saúde, educação, segurança, pesquisa, inovação e diplomacia requerem um ambiente apropriado, e esse ambiente é o estado democrático de direito, que preserva as liberdades públicas, garantias individuais e direitos fundamentais e que segue a Constituição de 1988, uma Carta que deve ser valorizada por conter "um manual de diretrizes de uma nação bem-sucedida". 

— Essa preservação da democracia e o fortalecimento dos Poderes, o respeito ao sistema eleitoral e à Justiça Eleitoral, o respeito e a confiança nas urnas, certificadamente eficientes e seguras, são princípios e diretrizes que, certamente, se JK estivesse aqui, estaria a afirmá-las  disse Rodrigo Pacheco. 

Ainda segundo o parlamentar, Juscelino tinha preocupação sempre de afirmar que sua obra e realizações se davam num ambiente de democracia, "um valor do qual não podemos nos apartar nessa quadra da história". 

Interiorização

O presidente do Senado disse que o Memorial JK é um dos locais mais bonitos de Brasília e recomendou a todos que vão à capital federal a visita ao espaço. Ao enumerar alguns feitos do ex-presidente, Pacheco destacou a importância da interiorização de um país que tinha vocação para se desenvolver somente na faixa litorânea. 

— E o símbolo máximo dessa interiorização é de fato a construção de Brasília, algo inimaginável para os tempos atuais, o que dirá nos anos 1950. Mas ele foi além, cuidou da infraestrutura nacional; ele industrializou o Brasil — afirmou. 

Pacheco também alegou que as lições de JK devem ser aprendidas para ajudar no planejamento de um futuro melhor. Quanto ao presente, o senador lamentou a existência de milhões de brasileiros passando fome, justamente num país que é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Também disse ser inaceitável haver tantos desempregados e desocupados num país com tantas indústrias e um agronegócio tão forte. 

— O que Juscelino Kubitschek fez é digno de nota, e a cada ano proponho que aqui estejamos para recolher de seus ensinamentos e lições aquilo que precisamos para o presente e para o futuro. Nosso país, com tanta riqueza e diversidade, não pode mais sofrer com dificuldades como essas nos últimos tempos — avaliou.

Publicações 

O presidente Rodrigo Pacheco elogiou o trabalho conjunto do Conselho Editorial do Senado e do Memorial JK, que lançaram uma série de cinco volumes contendo os discursos proferidos por Juscelino enquanto esteve na Presidência, de 1956 a 1960. 

A coleção foi encerrada neste ano, que marca os 120 anos de nascimento do político mineiro. As publicações estão disponíveis na Livraria do Senado 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)