Eduardo Velloso toma posse e elege saúde como prioridade em seu mandato

Da Rádio Senado | 31/05/2022, 17h40

Tomou posse no Plenário nesta terça-feira (31) o senador Eduardo Velloso (União-AC). Ele é o primeiro suplente do senador Márcio Bittar (União-AC), que se licenciou do cargo por 121 dias para tratamento de saúde e de assuntos particulares.

Em seu primeiro pronunciamento, Eduardo Velloso, que é médico, disse que vai priorizar o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em localidades menos desenvolvidas, onde muitos pacientes não encontram os serviços de que precisam. No Acre, por exemplo, disse o senador, muitos moradores precisam se deslocar para cidades de outros estados para o tratamento contra o câncer.

— Muitos cidadãos morrem antes mesmo de conseguirem se deslocar para o seu tratamento — lamentou.

Também no setor de saúde, Eduardo Velloso defendeu a inclusão da oftalmologia entre as especialidades ofertadas pela atenção básica de saúde. Ele citou que uma pesquisa veiculada pela Revista Veja aponta que 34% dos brasileiros jamais se consultaram com um médico dessa área.

O senador ainda criticou a desigualdade de renda entre os brasileiros, especialmente quando se compara o valor do salário-mínimo pago aos trabalhadores da iniciativa privada com o vencimento equivalente ao teto do serviço público. Ele ainda defendeu mais investimentos na prática de esportes nas escolas. 

— O esporte é emancipatório, porque ensina aos jovens o valor da disciplina, além de melhorar a saúde e a qualidade de vida da nossa população. Esse é um tema que requer políticas públicas criativas e eficazes. No Acre, o esporte foi visto, muitas vezes, sob uma ótica desenvolvimentista. Criar e ampliar espaços. Mas não podemos nos descurar da capacitação profissional e da continuidade dos programas — defendeu.

Saneamento básico e economia

Eduardo Velloso aproveitou seu primeiro pronunciamento para também chamar a atenção para a necessidade de investimentos no saneamento básico. Segundo ele, de acordo com um ranking das 100 maiores cidades do Brasil, conduzido pelo Instituto Trata Brasil, a capital do Acre, Rio Branco, ocupa as piores posições nos últimos anos.

— É evidente que a escassez de serviços de saneamento do Acre dificulta o combate a doenças das mais diversas e complexas. Diante dos trágicos números, toma-se conhecimento de que apenas 48% da população tem acesso à água potável no nosso estado e somente 10% dos acrianos têm esgoto coletado — citou.

Já na economia, o senador lamentou que, apesar de suas riquezas naturais, o Acre ainda dependa do que ele chamou de "exploração primitiva" de recursos, ao se referir à coleta de castanha-do-brasil. Para o senador, é possível explorar o patrimônio ambiental de forma racional e equilibrada, afastando-se de um modelo econômico que levou o estado a ser um dos mais pobres do país e mais dependente do governo federal.

Por fim, ele defendeu a construção de uma rodovia entre Cruzeiro do Sul, no Acre, a Pucallpa, no Peru. Para ele, essa medida vai viabilizar a atividade econômica de vários estados, especialmente os do Norte do Brasil, ao garantir mais uma saída dos produtos brasileiros para o Oceano Pacífico.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)