Brasil pode exportar mais vinho e café para a Finlândia, afirma embaixador aprovado

Da Agência Senado | 02/12/2021, 11h23

O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (2) a indicação do diplomata Luís Antonio Balduíno para a chefia da embaixada brasileira na Finlandia. Durante sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE), na terça-feira (30), Balduíno destacou que o país nórdico é o maior consumidor per capita de café no mundo.

— A média anual de consumo é 12 quilos por pessoa. É nosso principal produto de exportação pra lá. Mas a Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações] já alerta que podemos perder parte deste mercado para outros concorrentes. Nosso foco vai ser promover mais os cafés especiais, porque essa demanda cresce exponencialmente em países mais desenvolvidos. Querem diferenciação, experiências específicas e cafés produzidos em comunidades. Vamos até fazer um documentário sobre o café brasileiro pra passar no Festival de Café da Finlândia — disse Balduíno.

Outro foco da embaixada em Helsinque, a capital do país, é aumentar a exportação de vinho. Para isso, protocolos já vem sendo acertados com a União Brasileira da Vitivinicultura (Uvibra) e a Casa Valduga. Balduíno destaca também o fato do Brasil conseguir exportar uma média de U$ 140 milhões em produtos manufaturados por ano para a Finlândia.

Balduino é bacharel em diplomacia e economia, além de ter pós-graduação em sociologia. Já atuou nas embaixadas brasileiras nos EUA e na Índia. 

Relações econômicas 

No relatório na CRE, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) lembra que o Brasil é o principal parceiro comercial da Finlândia na América Latina. Em 2020, a corrente de comércio bilateral foi de US$ 794 milhões, com aumento de 15,9% em relação a 2019. As exportações brasileiras para a Finlândia foram de US$ 294 milhões (+40,9%) e as importações, US$ 500 milhões (+5%).  

Os principais produtos exportados pelo Brasil foram minério de cobre (54%); café não-torrado (22%) e ferro-gusa (8%). A pauta importadora é composta por produtos manufaturados diversificados, em particular papel (9%), adubos e fertilizantes químicos (8,3%) e medicamentos (6,5%).

Em 2019, a Finlândia detinha investimentos no Brasil de US$ 558 milhões pelo critério de investidor imediato, e US$ 976 milhões pelo critério de controlador final. Estão instaladas no Brasil cerca de 50 empresas finlandesas, que geram 10 mil empregos diretos, como Nokia (celulares e telecomunicação), Konecranes (máquinas e equipamentos industriais) e Kemira (indústria química).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)