Projeto institui 14 de maio como Dia Nacional da Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher

Da Agência Senado | 18/06/2021, 09h06

Responsáveis por um terço das mortes de mulheres em todo o mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), as doenças cardiovasculares ultrapassam as estatísticas da letalidade por câncer de mama e de útero. Diante dessa realidade pouco conhecida, foi aprovado nessa quinta-feira (17) pelo Plenário da Câmara o Projeto de Lei (PL) 1136/2019, que torna 14 de maio o Dia Nacional da Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher.

A caminho do Senado, o projeto, da deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), visa permitir iniciativas e ações do poder público em parceria com entidades médicas, em especial a Sociedade Brasileira de Cardiologia, universidades, escolas, associações e sociedade civil, na organização de palestras, eventos e treinamentos sobre as doenças cardiovasculares no público feminino.

São previstas ações de prevenção e conscientização sobre os fatores de risco cardiovascular, para ampliação e antecipação do diagnóstico, com reconhecimento dos sinais de alerta, para permitir o tratamento precoce e a reabilitação.

Espera-se que dessa forma sejam minimizados os impactos na vida das pacientes, familiares e de toda a sociedade.

“Em 2019, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por mais de 170 mil óbitos de mulheres no Brasil, representando a primeira causa de morte na população feminina e superando, até mesmo, o número de óbitos por neoplasias”, afirma Mariana, que recomenda a aprovação do substitutivo ao original elaborado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.

A deputada justifica a importância do projeto, ainda, pelo fato de que cerca de metade da mortalidade por doenças cardiovasculares antes dos 65 anos pode ser atribuída à pobreza. Alimentação inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e tabagismo seriam outros importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares em mulheres, mais prevalentes nas classes sociais menos favorecidas da população.

Para a autora, o combate às doenças cardiovasculares depende de programas de prevenção e maior acesso ao diagnóstico. “Na maioria das vezes, as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas por ações de saúde pública que envolvem o controle de fatores de risco, assim como pelo manejo clínico otimizado dos pacientes”, expõe.

Com Agência Câmara

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)