Senadores comentam processo eleitoral dos Estados Unidos

Da Redação | 06/11/2020, 19h28

Ainda pendente de confirmação — apesar de o candidato do Partido Democrata, Joe Biden, ter assumido a dianteira sobre Donald Trump, do Partido Republicano, na apuração dos votos nos estados ainda indefinidos —, o resultado das eleições para presidente dos Estados Unidos foi tema de comentários de senadores nas redes sociais nesta sexta-feira (6).

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) citou no Twitter artigo do UOL que compara positivamente o sistema de votação brasileiro, que é totalmente automatizado, ao dos EUA, que está sujeito a grandes atrasos na apuração dos votos. O parlamentar comentou que “a expectativa com o resultado das eleições nos EUA só reforça: temos no Brasil um dos sistemas de votação e apuração mais avançados do mundo”.

Enquanto isso, o senador Humberto Costa (PT-PE) publicou vídeo, também no Twitter, em que associou a iminente derrota de Trump — cuja permanência na disputa depende de recontagens em curso e ações judiciais — a uma humilhação ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que se declara seu aliado. Humberto Costa acrescentou o comentário: “Capacho brasileiro está desolado. Bye bye, Trump!”

Já o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) apontou, em vídeo publicado no YouTube, para o risco da polarização partidária, representado pela indefinição eleitoral nos EUA: “A falta de diálogo e o respeito entre os democratas e republicanos elevou o nível de agressividade e pôs em xeque a ordem. Independente do resultado, que a verdade e o bem prevaleçam em nosso planeta", declarou Girão.

Para o presidente da Comissao de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), a diplomacia brasileira deverá ter um papel fundamental no caso de vitória de Joe Biden, com quem Bolsonaro não é alinhado. Para Trad, as relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos “são muito maiores do que qualquer ideologia”. Ele listou temas que deverão estar na pauta a ser tratada pelo Itamaraty num eventual governo Biden.

— Temos a Base de Alcântara, questão das salvaguardas. Temos a questão de um novo pacto de livre comércio com os Estadoa Unidos. Temos também a questão das vacinas contra a covid-19, que estão sendo desenvolvidas por laboratórios norte-americanos... Ou seja, não podemos perder o fio da meada e deixamos de nos relacionar bem com os americanos — disse Trad ao repórter Pedro Pincer, da Rádio Senado.

Apuração 

Realizadas na última terça-feira (3), as eleições para a Presidência e para o Poder Legislativo dos Estados Unidos ganharam a atenção do mundo inteiro. A apura dos votos continua. Favorito nas pesquisas, o ex-vice presidente Joe Biden se viu surpreendido pelo bom desempenho do atual presidente, Donald Trump, no início das apurações, ainda na noite de terça. Como previsto, porém, Biden virou a contagem em vários dos estados mais disputados, graças à votação pelo correio, que é tradicional naquele país e foi estimulada este ano pelo Partido Democrata em razão da pandemia de covid-19.

Nos Estados Unidos, o voto popular garante aos candidatos, em cada estado da Federação, um determinado número de delegados no Colégio Eleitoral. Ganha a disputa o candidato que obtiver pelo menos 270 delegados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)