Rogério Carvalho faz balanço do trabalho do Senado na pandemia

Elisa Chagas | 25/09/2020, 12h40

No encerramento da primeira semana semipresencial, o Senado realizou nesta sexta-feira (25) uma sessão de debates temáticos para analisar os desafios econômicos, sociais e ambientais para o período pós-pandemia.

Durante a abertura, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que estava presidindo a sessão, apresentou um balanço do trabalho da Casa durante o período de pandemia. Segundo ele, já foram realizadas 55 sessões remotas, com a deliberação de 129 proposições, entre elas 3 propostas de emendas à Constituição (PECs) e quase 40 medidas provisórias (MPs).

— Fizemos a deliberação e aprovação de matérias da mais alta relevância, como o auxílio a estados e municípios e o auxílio emergencial aos milhões de brasileiros, que foi iniciativa do Congresso Nacional, além de medidas de apoio a micros e pequenas empresas. Esta Casa cumpriu um papel fundamental na mitigação, na redução do dano e no combate à pandemia com deliberações que nos fizeram superar diferenças ideológicas, partidárias e de diversas naturezas. 

O senador ressaltou que o Parlamento brasileiro foi o primeiro do mundo a realizar deliberações 100% remotas, seguras e com transparência. 

Documentário 

Antes do início dos debates, foi exibido um trailer sobre um documentário da TV Senado tratando de como a Casa se adaptou rapidamente para enfrentar a pandemia e continuar funcionando.

No trailer, o secretário-geral da Mesa, Luiz Fernando Bandeira, lembra o momento em que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o procurou querendo saber sobre possíveis alternativas tecnológicas para realizar sessões e votações a distância.

— No sábado, na hora do almoço, o presidente Davi me liga no viva-voz, com o presidente [da Câmara] Rodrigo Maia , perguntando: “Bandeira, vocês têm alguma solução para deliberação remota? — recorda o secretário-geral.

A resposta foi que não havia um protótipo, mas uma ideia. E coube à Secretaria de Tecnologia da Informação (Prodasen) formatar uma proposta.

— Mas peraí, Bandeira, você quer que os senadores deliberem de casa? Ele falou: “É”. Aí a gente já desenhou na hora uma solução. Tá desenhado no quadro lá da minha sala até hoje — conta o diretor do Prodasen, Alessandro de Albuquerque.

Antes que houvesse a primeira sessão, no entanto, um fato tornou o contexto ainda mais tenso, como lembra a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka:

— Tudo isso estava acontecendo e, de repente, o presidente ficou com corona.

Para a diretora da Secretaria de Comunicação Social, Érica Ceolin, “foi um tsunami e não deu muito tempo pra refletir”.

O documentário tem estreia prevista para outubro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)