Paim defende extensão do seguro-desemprego e auxílio emergencial por mais tempo

Da Redação | 04/06/2020, 18h00

Em pronunciamento nesta quinta-feira (4), o senador Paulo Paim (PT-RS) recomendou que o seguro-desemprego e o auxílio emergencial para socorrer trabalhadores e desempregados sejam estendidos automaticamente enquanto durar a situação de calamidade pública provocada pela pandemia de covid-19.

— O Projeto de Lei 1.449/2020, que apresentei, visa criar uma nova modalidade extraordinária de seguro-desemprego, que poderá ser paga a quem tenha tido pelo menos três meses de registro em carteira nos últimos 12 meses, por período de três meses além do que a lei hoje assegura. Isso vai beneficiar milhões de trabalhadores; também abrange os microempreendedores individuais, que estão pedindo socorro para manter empregos, tendo, em muitos casos, que encerrar suas atividades. Esse projeto também ajusta o valor do seguro-desemprego, para ser pago até o valor de R$ 2.870, com base no INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] — informou.

Paim acrescentou, também, estar preocupado com a situação das pessoas que dependem do auxílio emergencial pago pelo governo federal. Ele defendeu a continuidade dos pagamentos desse benefício enquanto durar a pandemia. Atualmente, a lei prevê que o auxílio emergencial (em geral no valor de R$ 600) seja pago por três meses. O senador ressaltou que "esse tempo é muito pouco e insuficiente" para garantir a segurança alimentar do trabalhador e sua família.

— O Projeto de Lei 2.419/2020, também de minha autoria, amplia o prazo do recebimento do auxílio emergencial até o fim do ano. Recentemente, uma pesquisa nacional do Instituto DataSenado mostrou que 91% dos entrevistados concordam com as propostas que têm esse objetivo. Portanto, estamos no caminho certo. Estamos caminhando com o povo — declarou.

O senador afirmou que a crise sanitária e econômica, agravada pela pandemia de covid-19, trará graves consequências para a população. Segundo ele, o país atingirá índices inéditos de desemprego, de aumento da pobreza e da miséria, além do agravamento da fome, que atingirá principalmente as pessoas mais vulneráveis. Ao citar dados estimativas, o senador disse que o Brasil poderá chegar a mais de 20 milhões de desempregados e mais de 15 milhões de brasileiros vivendo em extrema pobreza. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)