Plínio Valério elogia suspensão de cobrança de consignado de aposentados

Da Redação | 22/04/2020, 17h28

Em pronunciamento virtual nesta quarta-feira (22), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) elogiou a decisão da Justiça do Distrito Federal que, na segunda-feira (20), determinou aos bancos, por causa da pandemia de coronavírus, que suspendam por quatro meses os débitos em folha de empréstimos consignados tomados por aposentados. 

Na opinião do senador, a decisão é justa. Ele também declarou que a medida deveria ter sido aprovada pelo Senado quando foram analisadas diversas matérias para o combate à pandemia. Plínio disse que, durante essas votações, ele tentou, sem êxito, aprovar emendas que suspendiam essas cobranças. Para ele, houve morosidade por parte do Senado e faltou sensibilidade dos parlamentares da Casa para se adiantar nessa questão.

— Podíamos ter feito isso aqui no Senado Federal, e não fizemos. Veio a Justiça, que, desta vez, fez. A Justiça do Distrito Federal está de parabéns. E o fez por quatro meses; nós estávamos pensando em três meses. Considero uma injustiça muito grande os idosos continuarem pagando aqueles empréstimos consignados aos bancos, que ganham trilhões em função disso. Estou feliz da vida. Não conseguimos no Senado, mas a Justiça do Distrito Federal conseguiu. Isso é muito bom. Muito bom mesmo.

Democracia

Plinio Valério afirmou estar preocupado com a polarização política no Brasil; para ele, há atualmente um extremismo entre direita e esquerda. O senador criticou aqueles que rejeitam as regras democráticas, principalmente os que defendem uma intervenção militar.

Segundo ele, é preciso, no processo democrático, respeito mútuo a quem pensa diferente. Plínio argumentou que pensamentos políticos antagônicos não tornam as pessoas inimigas; elas são apenas rivais ou adversários no campo ideológico. Para o senador, é necessário, neste momento, que as pessoas tenham tolerância.

— As coisas estão realmente saindo dos eixos. Nós temos que combinar o seguinte: eu concordo com o seu direito de discordar; então, temos de concordar com a ideia de que é possível discordar. A democracia brasileira ainda é jovem, e precisamos sempre tomar cuidado — ressaltou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)