Senadores cobram solução para emissário de esgoto em município de MS

Da Redação | 06/03/2020, 14h15

Técnicos e parlamentares que participaram de audiência na Comissão de Agricultura (CRA) na quarta-feira (4) cobraram a mudança de local de um emissário de esgoto implantado às margens do Rio Paraná, no município de Aparecida do Taboado-MS. Segundo eles, a rede de tratamento de esgoto pode causar danos aos cidadãos e à economia do município.

A presidente da CRA, senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), solicitou respostas do prefeito, José Robson Samara, representado no debate pelo secretário municipal de Administração, Jary Augusto Silva. A senadora argumentou que, para um assunto dessa relevância, é necessário ouvir a palavra dos responsáveis. Ela também cobrou a presença do dirigente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que não compareceu à reunião, e da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), que enviou o diretor de projetos, Thiago Pereira Vieira.

— A palavra que eu quero ouvir é a do chefe do Executivo, do diretor-presidente lá do Imasul e do diretor-presidente da Sanesul — enfatizou Soraya.

Thiago Pereira disse que todas as exigências legais para execução da obra estão sendo observadas e respeitadas pela Imasul.

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) se dispôs a ser um interlocutor entre as partes envolvidas e o governo estadual para a resolução do conflito.

— A partir do momento em que se vem com uma solução, eu acho que a coisa atende a todo o contexto, desde que seja uma solução razoável, técnica e que comprovadamente, sendo técnica, atenda as necessidades da cidade, da expansão urbana, do meio ambiente e contempla a todos — concluiu.

Para o deputado Dagoberto Nogueira (PDT-MS), caso não sejam atendidas as recomendações para a solução do problema, deve ser aberta uma CPI para investigar a má aplicação do dinheiro público.

— Na CPI você passa a ter muito mais poderes. Nós podemos determinar e se esse povo não atender, vamos mandar prender. Tem que mandar prender — defendeu o deputado.

Jary Augusto Silva afirmou que a prefeitura vai apoiar qualquer decisão tomada pela Câmara Municipal e destacou que problema não é só do município.

— O rio não é do estado de Mato Grosso do Sul, nem de Minas Gerias, nem de São Paulo, nem do Paraná, é do Brasil. Nós estamos aqui com o intuito de defender e buscar uma solução — disse.

Fernando Alves com supervisão de Sheyla Assunção

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)