Elmano lembra os 40 anos de morte de Petrônio Portella

Da Redação | 02/03/2020, 17h20

A habilidade política de Petrônio Portella e sua participação no processo de retomada do regime democrático no país foram lembrados pelo senador Elmano Ferrer (Podemos-PI), durante pronunciamento nesta segunda-feira (2). Elmano fez referência aos 40 anos de morte do ex-senador, celebrados no dia 7 de janeiro, e destacou o perfil articulador, o trabalho a favor dos direitos humanos e a interlocução do líder político piauiense entre governo e oposição que possibilitou o fim do regime militar.  

— Petrônio foi, assim, o pai da reabertura política, comandando a transição entre o regime militar e restauração da democracia. E, nesta missão, percorreu todo o território nacional e dialogou com todos os segmentos da sociedade, buscando construir uma abertura sólida, serena e pacífica — afirmou.

Petrônio Portella foi deputado estadual, prefeito de Teresina, governador do Piauí, senador e chegou também a presidir a Casa. Morreu em 1980, quando exercia o cargo de ministro da Justiça.

Crise no Ceará

O senador, que visitou Fortaleza nos últimos dias, celebrou o acordo que possibilitou o fim da greve da Polícia Militar do Ceará que já durava 13 dias. Ele parabenizou a atuação dos senadores cearenses na comissão que trabalhava pela pacificação entre as partes mas disse que a situação representou a quebra da ordem do Estado de direito.

— O que nós vimos ali no Ceará foi a quebra da ordem, da hierarquia, da disciplina. Nós víamos uma corporação comandada por coronel, tenentes-coronéis, majores, capitães e oficiais, mas estava dominada a corporação por cabos e soldados, sem querer desmerecer a função deles. Creio que isso é inadmissível num Estado democrático de direito — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)