Emissário de esgoto em Aparecida do Taboado (MS) será tema de debate na CRA

Da Redação | 28/02/2020, 14h03

O impacto de um emissário de esgoto sobre o município de Aparecida do Taboado (MS) será debatido na audiência pública que a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realiza na próxima quarta-feira (4), a partir das 9h. O emissário de esgoto, que será construído às margens do Rio Paraná, faz parte das obras de ampliação de uma estação de tratamento de esgoto sob responsabilidade da Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul (Sanesul). A audiência foi solicitada pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), presidente da CRA.

A senadora afirma que a construção preocupa a população da região há seis anos, desde o pedido de licenciamento ambiental feito pela empresa. A poluição do rio e o comprometimento das atividades desempenhadas na localidade estão entre os pontos a serem discutidos na audiência pública.

“O problema que está rondando a localidade é a instalação de um emissário de esgoto, parte de uma rede de tratamento, às margens do Rio Paraná, que pode prejudicar cultivos de peixes e irrigações de produções agrícolas, além da vida turística local, que é extremamente ativa”, acrescentou.

Por outro lado, Soraya Thronicke informou que a Sanesul garante que o descarte do esgoto é feito de forma apropriada e que o depósito no rio ocorrerá somente após tratamento adequado.

Em 2018, o Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul pediu a paralisação das obras, apontando, entre outras razões, o fato de a Sanesul manter no projeto o ponto de lançamento do esgoto tratado no Rio Paraná, comprometendo vários empreendimentos turísticos, como o balneário municipal, e sem considerar a implantação de um sistema de tratamento de nível terciário para uma remoção mais eficiente de nutrientes e patógenos.

Para discutir os questionamentos apresentados pela senadora, foram convidados:

  • José Robson Samara Rodrigues de Almeida, prefeito de Aparecida do Taboado;
  • José Natan de Paula Dias, vereador de Aparecida do Taboado;
  • Leila Aparecida Mussi, auditora fiscal federal agropecuária;
  • Walter Benedito Carneiro Junior, diretor-presidente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul);
  • André Borges Barros de Araújo, diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul);
  • Anaí Monteiro Marques, professora universitária e articuladora do SOS Rio Paraná de Santa Fé do Sul;
  • Ademir Franco, engenheiro agrônomo e consultor;
  • Luiz Roberto Trovati, pesquisador com doutorado em hidráulica e saneamento.

A audiência será realizada às 9h, na sala 7 da ala Senador Alexandre Costa, no anexo 2 do Senado.

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