Secretaria de Relações Públicas do Senado completa 60 anos

Da Redação | 04/12/2019, 17h31

Inovação e vanguarda marcam a trajetória da Secretaria de Relações Públicas, Publicidade e Marketing do Senado Federal (SRPPM), que está completando 60 anos. O marco será comemorado nesta sexta-feira (6), às 14h, no Plenário do Senado Federal, em sessão especial, requerida pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

Também será festejado o Dia Nacional das Relações Públicas, 2 de dezembro, data de nascimento de Eduardo Pinheiro Lobo, patrono das Relações Públicas no Brasil.

A dupla comemoração contará com a participação de representantes dos conselhos profissionais da classe, instituições e órgãos parceiros, e colegas de profissão. No roteiro da solenidade, ex-diretores da área serão homenageados.

Relação com a sociedade

Responsável pela relação do Senado com seus diversos públicos e a sociedade em geral, por meio de ações e programas premiados diversas vezes, a secretaria cuida do cerimonial do Congresso Nacional, cuja mesa é presidida pelo presidente do Senado Federal. Entre suas tarefas destacam-se as posses de presidentes da República, a abertura dos trabalhos legislativos, além das sessões solenes e especiais e eventos institucionais.

A SRPPM — vinculada à Secretaria de Comunicação Social (Secom) — desenvolve projetos de planejamento de marketing e criação de campanhas publicitárias e está à frente do Programa de Visitação do Congresso Nacional que, juntamente com a Câmara dos Deputados, recebe anualmente cerca de 150 mil visitantes.

O programa Jovem Senador é um destaque entre as ações coordenadas pela secretaria. Criado em 2011, já atingiu mais de 1,6 milhão de alunos e mais de 50 mil professores de escolas públicas de ensino médio de todo o país. Recebeu no período mais de 800 mil redações, por meio das quais os estudantes concorrem à participação no programa.

História de vanguarda

O início da longa trajetória da atividade de Relações Públicas no Senado Federal antecede até mesmo a regulamentação da profissão no Brasil, que ocorreu em 1967 (Lei 5.377). A partir de então, a designação de “profissional de Relações Públicas” seria privativa de bacharéis da área, formados em cursos de nível superior no Brasil ou no exterior.

O primeiro registro da atividade na Casa data de 1959, quando foi designado o servidor Ary Kerner Veiga de Castro, oficial legislativo, para a tarefa de estudar e apresentar um plano para o serviço de Relações Públicas.

Registros de 1971 documentam reunião da Comissão Diretora na qual, entre outros temas, foi apresentada proposta de criação da função de Encarregado do Setor de Relações Públicas, subordinada diretamente ao diretor-geral.

Em 1972, foi instituída a Secretaria de Divulgação e de Relações Públicas (SDIRP), como órgão de assessoramento superior do Senado. O órgão tornou-se responsável pela comunicação organizacional, incluindo estudos e planejamentos, organização de recepções e cerimônias do Senado e sessões solenes do Congresso Nacional, além de acompanhamento de visitantes às dependências da Casa.

Novos tempos

Na década de 1980, num cenário de movimentos políticos e sociais de mobilização e mudanças, como o “Diretas Já”, o Senado se adaptou aos novos tempos, e investiu em sua comunicação, promovendo uma maior transparência de suas atividades.

Em 1987, com a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, a Casa editou ato prevendo ampla divulgação de suas atividades. No mesmo ano, a Sdirp coordenou um grupo de trabalho que apresentou o projeto da Central de Produção de Vídeo do Senado Federal (CPV), futura TV Senado.

Em 1988, foi criada a Secretaria de Comunicação Social, que englobou a Subsecretaria de Divulgação e Subsecretaria de Relações Públicas.

A década de 1990 chegou com um novo tempo para a Comunicação no Senado. A área de Relações Públicas seguiu integrando o novo sistema, mas os veículos passaram a ser o centro do modelo de comunicação, pois ofereciam visibilidade imediata aos trabalhos legislativos e à atuação dos parlamentares.

Em 1997, a estrutura da Secretaria de Comunicação Social foi redefinida, cabendo à então Coordenação de Relações Públicas favorecer o relacionamento entre a Casa e os servidores, e entre a Casa e a sociedade. Pela primeira vez, a comunicação interna passou a constar entre as competências atribuídas à área.

A partir de 1998, cresceu a demanda por informações sobre o Poder Legislativo, pressionando as instituições a prestarem contas à sociedade. Esse momento veio ao encontro do trabalho já realizado pela Coordenação de Relações Públicas, que lançou o Serviço 0800 Senado — A Voz do Cidadão, um novo canal de comunicação com a sociedade, o primeiro órgão do Poder Legislativo a criar um canal próprio de comunicação com o cidadão.

Em 2005, a área foi transformada em Secretaria de Relações Públicas (SRP). Na sequência, 2009 foi marcado por um trabalho coletivo de discussão sobre a atuação das Relações Públicas, visando à reestruturação e modernização da área, que deu início à implantação do primeiro planejamento estratégico da Secom.

Comunicação digital

Nos anos seguintes, o foco foi direcionado ao desenvolvimento e implantação de instrumentos de comunicação digital e interativa. Entre eles, destacam-se a página na Internet e o sistema de intranet, revolucionando a comunicação interna. Ainda em 2009, por iniciativa da Secretaria de Relações Públicas e da Secretaria-Geral da Mesa, foi criado o Programa Senado Jovem Brasileiro, para promover a aproximação entre jovens cidadãos e o Senado, e proporcionar conhecimento sobre o funcionamento do Poder Legislativo.

A partir de 2018, as áreas institucionais da Secretaria de Comunicação foram unificadas. Desse modo, foi criada a Secretaria de Relações Públicas, Publicidade e Marketing (SRPPM), aumentando o escopo de atuação e fortalecendo a comunicação organizacional da Casa.

A atual diretora da SRPPM, Maria Cristina Monteiro, destaca o papel da secretaria nas organizações e diante do cenário da comunicação nos dias de hoje.

— Gradualmente, a atividade de Relações Públicas volta a ocupar lugar de destaque nas organizações devido à necessidade de gestão de imagem, por meio de uma comunicação integrada e direcionada a diferentes públicos, com diferentes linguagens. No tempo das fake news, imagens que levaram muito tempo para serem construídas são destruídas em questão de minutos. Bons relacionamentos são estratégicos para criação, manutenção e gerenciamento de uma boa imagem e é para isso que existem os profissionais de RP.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)