Márcio Bittar diz que pressão da Europa por preservação ambiental no Brasil tem razões econômicas

O senador Márcio Bittar (MDB-AC) afirmou nesta segunda-feira (25) em Plenário que a pressão dos países europeus ao Brasil quanto à preservação da Amazônia não pelo meio ambiente, mas por interesses econômicos e por protecionismo. Bittar disse que mais de um milhão de hectares já queimaram no território australiano desde o início deste mês, sem que houvesse comoção internacional comparável a que houve em relação aos incêndios na Amazônia.

Segundo ele, o Brasil é o único país do mundo que deixa de explorar as riquezas naturais da Amazônia, por causa da chantagem da Europa Ocidental de não mais comprar produtos nacionais. Isso é impensável em relação a outros países, como a Rússia, a China, e as nações do Oriente Médio, continuou Márcio Bittar. Nesses casos, disse, os europeus continuam comercializando sem questionar a sustentabilidade da exploração russa de gás natural, a falta de democracia na China nem o desrespeito aos direitos das mulheres dos países árabes.

— O que está em jogo é o subsídio que a Europa dá aos seus produtores rurais. O que está em jogo, porque nesse campo os Estados Unidos não são nossos aliados, ao contrário, nesse campo, os Estados Unidos são nossos adversários, porque competimos no mundo globalizado. No agronegócio, somos nós e eles. O que está em jogo é a defesa que a Europa faz dos seus produtos, a defesa que os Estados Unidos fazem dos seus produtores rurais — afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)