CRE quer debater desenvolvimento de região amazônica com o governo

Da Redação | 17/10/2019, 15h22

A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta quinta-feira (17) um requerimento do senador Zequinha Marinho (PSC-PA) para que o colegiado debata o Programa Barão do Rio Branco (PBRB). O projeto visa a integração da calha norte do rio Amazonas com o restante do país, "propiciando o desenvolvimento econômico e socioambiental da região", segundo Marinho.

A audiência pública deve contra com a presença do secretário-geral da presidência da República, Jorge Antonio Francisco; do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva; e do comandante-militar do Norte, general Paulo Sergio Nogueira. Para Marinho, o PBRB tem importância estratégica para a soberania nacional. O programa visa aumentar a presença do Estado na região e proteger as riquezas naturais e minerais, em sua maioria ainda inexploradas.

Zequinha Marinho destaca obras estratégicas do PBRB. Uma delas é a construção da usina hidrelétrica do rio Trombetas, com capacidade prevista de 3 mi megawatts (MW). O senador destaca o fato de que a hidrelétrica, após finalizada, permitirá a Roraima deixar de depender da energia comprada da Venezuela. Como a nação vizinha interrompeu o fornecimento, o Brasil vem tendo prejuízo de R$ 100 milhões por mês devido ao acionamento das termelétricas, lembrou.

Marinho também cita a implantação do polo de desenvolvimento regional na área de Óbidos-Oriximiná, no Pará, ação também prevista no PBRB. A data da audiência de discussão do PBRB será definida pelo presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Brasil-Países Árabes

A CRE também aprovou nesta quinta-feira a criação do grupo parlamentar Brasil-Países Árabes (PRS 64/2019). O relator foi o senador Esperidião Amin (PP-SC), que reforçou a relevância crescente das nações árabes para o nosso país.

— São importantes parceiros comerciais nossos. No período de janeiro a abril deste ano, nossas exportações para eles cresceram 20%, se comparado com igual período do ano passado. Foram mais de US$ 4 bilhões, segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Por outro lado, nossas importações também cresceram, para US$ 2,2 bilhões, alta de 3,4% — disse Amin. Ele ainda elogiou o presidente Jair Bolsonaro pelo tour que fará por nações árabes, a partir de 26 de outubro. O presidente irá à Arabia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)