Aprovada indicação de novo embaixador brasileiro na Turquia

Da Redação | 16/10/2019, 18h03

O Senado aprovou nesta quarta-feira (16) a indicação do diplomata Carlos Ricardo Martins Ceglia para o cargo de embaixador do Brasil em Ancara, capital da Turquia (MSF 64/2019). A indicação foi aprovada com 45 votos favoráveis, um contrário e duas abstenções.

Carlos Ceglia graduou-se em Ciências Políticas pelo Institut d’Etudes Politiques, em Toulouse, França, em 1980. Ingressou na carreira diplomática em 1984. Entre os cargos que exerceu na carreira, destacam-se o de conselheiro nas embaixadas de Bogotá (2000 a 2003) e Túnis (2003 a 2005) e o de diretor do Departamento do Oriente Médio (2011 a 2015). Atualmente é embaixador do Brasil na Malásia e em Brunei Darussalam.

O diplomata foi sabatinado na Comissão de Relações Exteriores (CRE) no último dia 10 de outubro. Aos senadores, ele explicou que o mercado turco tem presença marcante de empresas brasileiras, e essa atuação pode ser incrementada nos próximos anos.

— Já há uma capilaridade muito boa de empresas brasileiras lá. Metalfrio, Votorantim, Cutrale, BRF, Ambev, Antarctica, Nitro Química e Elekeiroz, entre outras, já são responsáveis por um estoque de investimentos que passou de U$ 1,2 bilhão [quase R$ 5 bilhões] — revelou durante a sabatina.

Outra vantagem para o Brasil nas relações com a Turquia, segundo o diplomata, são os superávits comerciais estruturais. Entre 2016 e 2018, as trocas bilaterais saltaram de U$ 2,2 bilhões para U$ 3 bilhões, e o superávit brasileiro chegou a U$ 2,3 bilhões no ano passado.

Turquia

A República da Turquia situa-se no cruzamento entre os Balcãs, Cáucaso, Oriente Médio e o Mediterrâneo. Está entre os maiores países em termos territoriais e populacionais na região. A capital é Ancara e a maior cidade é Istambul. O estado é parte de diversas organizações internacionais, sendo membro-fundador da OCDE, OSCE, OCI e G20.

Brasil e Turquia têm relações desde a época imperial no Brasil e o Império Otomano. Em 2017, as exportações brasileiras alcançaram US$ 1,82 bilhões e as importações brasileiras US$ 468 milhões. Entre 2017 e 2018 houve aumento do fluxo de comércio entre os dois países que passou de US$ 1,3 bilhões para US$ 1,8 bilhões, principalmente devido ao aumento das exportações brasileiras. Foi o maior fluxo bilateral histórico entre os países.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)